Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

setembro 02, 2009

Taizé

Demoramos um dia a chegar e o que safou foi ter conseguido o corredor do autocarro novinho, mas que os bancos não rebatiam, e assim pude dormir.
Já saímos de Lisboa atrasados, porque havia trânsito na A1 e o início do percurso começava no Porto.
Estava nervosa. Não tinha dormido quase nada na noite anterior, tinha discutido com a minha avó, e sabia que ia ficar longe do meu namorado mais tempo que o habitual e não podia pegar no carro e ir ter com ele, caso tivesse um ataque de saudades.

Acho que quando cheguei tive uma desilusão do que encontrei. Pensei que fosse outro tipo de espaço, com mais vegetação e mais limpo. Só pensei que provavelmente me ia arrepender e ia passar o resto do tempo a querer voltar para a minha casa.

A primeira oração custou a passar. Ficamos divididos e num quarto com pessoas que não conhecíamos e que não percebíamos a língua.

Mas depois, tudo começou a fazer sentido. Depressa as coisas começam a desenrolar-se e deixa de haver medo.