Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

novembro 04, 2006

Porque sim...

Novembro...
o início do frio, os dias de chuva, os dias pequenos, chegar a casa e sentirmo-nos bem; faz-me retomar o pensamento de alguns posts atrás... Adoro o Outono. Adoro sentir a chuva a cair, as trovoadas que nos fazem tremer, sentir o vento e ver as folhas a cair.

Gosto de ti porque gosto...

outubro 02, 2006

Destino

Quero fugir daqui.
Seguir as linhas brancas talhadas por pedra, correr sem saber para onde e acabar o meu percurso a olhar para o mar, sentada numa pedra qualquer. Posted by Picasa

julho 27, 2006

Saudades

Tenho saudades do Outono...
decididamente é a estação que gosto mais!

julho 11, 2006

Time´s a wasting

Male: Now I´ve got arms
Female: And I´ve got arms
Together: Let´s get together and use those arms
Female: Let´s go
Together: Time´s a wasting

M: I´ve got lips
F: And I´ve got lips
T: Let´s get together and use those lips
F: Let´s go
T: Time´s a wasting

F: A cake´s no good if you don´t mix the batter and bake it
M: And love´s just a bubble if you don´t take the trouble to make it
T: So if you´re free to go with me
T: I´ll take you quicker than 1-2-3
F: Let´s go
T: Time´s a wasting

(Instrumental Break)

M: Now I´ve got blues
F: And I´ve got blues
T: Let´s get acquainted and lose those blues
F: Let´s go
T: Time´s a wasting

M: Now I´ve got feet
F: And I´ve got feet
T: Let´s start to walk with a lover´s beat
F: Let´s go
T: Time´s a wasting

F: You´ve got me feelin love like I never have felt it
M: You´re full of sugar and I´m think I´m the burner to melt it
M: Now I´ve got schemes
F: And I´ve got schemes
T: Let´s get together and dream some dreams
F: Let´s go
T: Time´s a wasting

junho 24, 2006

"Sou árvore nascida em margem. Mais lá, no adiante, sou canoa, a fugir pela corrente; mais próximo sou madeira incapaz de escapar do fogo"

Mia Couto

maio 31, 2006

Paixão

Um rio nasce longe.
Percorre muitos quilómetros e acaba num dos cenários mais bonitos que pode haver em Portugal.
Sim, é o Tejo

Puro cinismo

Um empregado de mesa dizer que se lembra de ti, depois de se terem passado 2 meses.

maio 30, 2006

Hoje na praia, vi uma das imagens mais ternurentas que cá o nosso lado maternal e relógio biológico chamam de Amor:
um pai, a brincar na areia com o seu menino de 3 ou 4 anos, feliz, como se ele também fizesse parte dessa infância perdida.

maio 29, 2006

Hoje nos Sete Palmos de Terra, algures num diálogo entre personagens, houve uma frase, que de acordo com o meu estado de alma do momento, se apoderou de mim. Não recordo exactamente as palavras concretas, mas era algo deste género:

"...o amor faz-se. Não gastes o teu tempo com quem não quer. Poupa-o para alguém que o queira realmente."

maio 28, 2006

Fado do Encontro

Tim:
Vou andando, cantando
Tenho o sol à minha frente
Tão quente, brilhante,
Sinto fogo à flor-da-pele
Tão quente
Beijando como se fosses tu.

Mariza:
Ao longe, distante
fica o mar no horizonte
É nele, por certo,
Onde a tua alma se esconde
Carente, esperando
Esse mar es tu

Tim:
Pode a noite ter outra cor
Pode o vento ser mais frio

Os Dois:
Pode a lua subir no céu
Eu já vou descendo o rio

Mariza:
Na foz, revolta

Os Dois:
Fecho os olhos, penso em ti

Mariza:
Tão perto, que desperto

Os Dois:
Há uma alma à minha frente
Tão quente
Beijando, por certo que és tu

[Instrumental]

Os Dois:
Pode a lua subir no céu
E as nuvens a noite toldar
Pode o escuro ser como breu
Acabei por te encontrar

Mariza:
Vou andando, cantando

Os Dois:
Tive o sol à minha frente

Tim:
Tão quente

Mariza:
Brilhando

Os Dois:
E a saudade me deixou
Para sempre
Por certo

Mariza: O meu amor és tu

maio 07, 2006

Epitáfio

Se algum dia me perguntarem qual será a "minha canção de Amor", vou dizer que é esta...

Devia ter amado mais,
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar
Devia ter complicado menos,
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger

abril 06, 2006

Fábulas da Floresta Verde

É bom ver na floresta o sol nascer,
É bom imaginar o que irá acontecer,
São tantas amizades,
São historias de amizades,
Que vão nossos amigos animais viver.

São mil aventuras entre os animais,
Fabulosas fábulas de encantar,
São mil aventuras tão sensacionais,
Fabulosas fábulas que nos fazem sonhar.

Pompom é um coelhinho a saltitar,
O guaxini Gugu com ele vai brincar,
Namoram as marmotas, a Mara mais o Joca,
Fugindo ao rapozinho mau que os quer caçar.

São mil aventuras entre os animais,
Fabulosas fábulas de encantar,
São mil aventuras tão sensacionais,
Fabulosas fábulas que nos fazem sonhar.

São tantas coisas que aqui se vão passar,
São tantos animais que brincam sem lutar,
Por isso na floresta há sempre aquela festa,
A festa da amizade que se tem p´ra dar.

São mil aventuras entre os animais,
Fabulosas fábulas de encantar,
São mil aventuras tão sensacionais,
Fabulosas fábulas que nos fazem sonhar.

Obviamente, a letra é capaz de ter alguns erros, pois não consegui arranjar nenhum sitio onde estivesse a letra integral. Portanto, se acontecer, alguém detectar algo, pede-se o favor de avisar. A minha dúvida é realmente o nome das personagens que já não me recordo fidedignamente.
Hoje descobri na blogosfera este post que com alguma pequenas diferenças de sexo e etárias, deixaram-me reviver um pouco certos acontecimentos que para mim significaram muito, naqueles dias em que acordávamos com vontade de beber o leite e ir para a rua brincar.
Se tiverem paciência, leiam; afinal, todos nós tivemos um pouco disto...

Uma vontade de rir... "nasce do fundo do ser"...

Hoje acordei assim a modos que…nem sei colocar em minúsculas…Dizer que dormi, já é um luxo, talvez descansar o esqueleto…ou melhor, acho que se houvesse farinha tinha ficado o melhor panado do mundo, tal foram as voltas que dei…sem dormir e o relógio não ajuda…Lá está a precisão do momento…Há muito que não me acontecia…Preferia não me ter acontecido.Necessitei…ou melhor a minha mente precisou procurar o sítio, um sítio onde o mundo, ou as pessoas não fossem tão complicadas, onde a pureza e o “enjoy the moment” estivessem presentes, mesmo sem o saber que aquilo era uma precisa e exacta ideia de felicidade…Onde quem decidia por nós, o fazia somente com a preocupação de não irmos para a rua fazer figuras tristes das cores da roupa não combinar…Era a inocência da mamã dá licença…
Quando era criança, ou melhor mais criança…
Lembro-me da altura do Verão Azul em que a amizade não era descartável, era a união que fazia a força para o bem e para o mal, sem que este bom ou mau fosse decidido apenas por uma das partes, mas em conjunto, unidos…Os miúdos e graúdos juntos apesar das suas muitas diferenças, a trautear a canção do “no me moveré” e a soltar assobios pelas ruas, de bicicleta, com o vento a bater nas caras… E o Sorriso escancarado, bem como a falta de alguns dentes…Quando a amizade era para sempre e inamovível, tal como a dos “The Famous Five” (weee are the famous fiveee…lalalla) cheia de aventuras, sarilhos mas presente…Alturas em que o Marco irrompia pela T.V. adentro à procura da Mãe… Ou a Abelha Maia lhe seguia os passos e às 8h da manhã já não havia sossego para ninguém…Quando o Vasco Granja nos servia aqueles desenhos que mais pareciam peças de humor inglês…mas em checo…De quando ansiávamos chegar da escola (bem como as pessoas que nos asseguravam a vigilância, querida…) e todos sabiam que enquanto desse o Misha, e as Les Mistérieuses Cites D’Or ninguém piava e podiam contar verdadeiramente com o conceito de Paz…E o Dartacão…O Dartacão aliás marcou-me demais…nele baseei e tirei o conceito de como os laços de amizade se deviam revestir, aliado também com uma música fabulosa, que não saía da cabeça e que aliás me leva a trautear agora e vejo que faz milagres ainda hoje…Lutar contra as Miladys manhosas que a todo o custo queriam destruir a mando do Cardeal o Bom, o Bem… Um Por Todos e Todos Por Um, grande lema…! Dito com toda a cagança e pujança aquando as reuniões do grupo lá da Rua…Ainda hoje acredito nele… no hino e no que ele englobava…para falar verdade, não precisava de mais nada para ser feliz…

Era uma vez os três
Os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão
São bons companheiros
Os melhores amigos são

Os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão
São sempre os primeiros
Quando eles vão combater

Já não há rival algum
O seu lema é um por todos
E todos por um
O amor da Julieta

É o Dartacão
E ela é a predilecta
Do seu Coração
Dartacão, Dartacão

Correndo grandes perigos
Dartacão, Dartacão
Persegues os bandidos
Dartacão, Dartacão
E os três moscãoteiros
Longe vão chegar...
Dartacão, Dartacão

És tu e os teus amigos
Dartacão, Dartacão
Em jogos divertidos
Dartacão, Dartacão
Vocês são moscãoteiros
A lutar...

O Bana e Flapi tinham uma música fabulosa…pois era uma fábula…As Fábulas da Floresta Verde:”é bom ver na floresta o sol nascer, é bom imaginar no que irá acontecer…são tantas amizades, são histórias de amizades que vão nossos amigos animais viver…lalalala…fabulosas fábulas que nos fazem sonhar…a festa da amizade que se tem para dar…lalalla”
O Tom Saywer, que me fazia lembrar um pouco de mim (não na parte dos suspensórios) nas minhas aventuras escolares, o episódio em que ele descobre que o professor usa capachinho, aquele professor ríspido merecia aquelas tropelias todas…eu fazia-as, oh se fazia…. ;-) a música era o máximo:
Vês passar o barco rumando p’ró o sul
Brincando na proa gostavas de estar
Voa lá no alto, por cima de ti um grande falcão, és o rei és feliz
E quando tu vês o Mississipi
tu saltas pela ponte e voas com a mente
Corre agora corre e te esconderás
entre aquelas plantas ou te molharás
E sonharás que és um pirata tu
sobre uma fragata e sempre à frente de um bom grupo de raparigas e rapazes
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
mil amigos deixarás, aqui, além…Lalallala

Naquela altura os feitos eram grandes, as amizades para uma eternidade, mas a eternidade era o hoje, pensava-se lá no amanhã…o meu conceito de amizade não evoluiu muito, mas talvez devesse…é o que penso hoje…Há coisas que não entendo… Na altura não era preciso muito, era fácil…jogar ao berlinde, ficar com os melhores, fugir da vizinha que teimava em não querer que fizéssemos buracos na rua -mas como queria ela que jogássemos ao berlinde então?? Ok, já percebi, não queria…mas pior para ela, fazíamos então os buracos maiores que conseguíssemos e tínhamos então o maior prazer em arreliá-la e a tirar do sério…o máximo estava em andar em grupo e bater com garrafas de vidro no ar e fazer com que elas se partissem sob as nossas cabeças – perigosíssimo, pois…mas as mães não sabiam e nós também não, que era perigoso…Para nós perigoso e sinal de trabalhos era a bola ir parar ao Quintal da Vizinha Maldisposta…ficávamos sem ela e ela aumentava a colecção…O Saltar ao elástico, que a bem dizer era complicado para mim, porque quando os outros não tinham problemas até à cintura, essa medida nos outros a mim já significava os meus ombros, mas ia a todas… “Saltar à corda, o salta o Pedro e salta o Paulo, dois rapazinhos a saltar à corda…lalala” …Os desafios….o jogar ao Mata, que às vezes era um autêntico: Levas uma bolada, cais inanimado, tal eram os “bojardos”…Jogar ao bate-pé…como um prelúdio…Depois cresce-se e lembrar isto traz um sorriso saudoso, mas prazeiroso, sobretudo em dias que colocamos em causa o Mundo e temos vontade de o mandar Foder… Em que algumas coisas doem…tal como sair desta realidade, ver alguns optarem por certos caminhos, e nós termos optado por não o fazer…vê-los crescer encolhidos, e muitas vezes desaparecerem…Tento lembrar-me dos putos de ontem, que faziam parte do grupo, que fazia os casebres que eram verdadeiras sociedades secretas feitas dos mais diversos materiais – muitas vezes em locais tão secretos que eram só conhecidos pelas pulgas, pela quantidade que apanhava e nós – dos anões em que havia direito de admissão, hoje é um pouco assim…o direito de admissão aos nossos corações e à nossa alma é um pouco assim… acabamos por usar as mesmas coisas que conhecemos e reconhecemos, apenas em planos diferentes…
Naquela altura não havia desculpas para viver, nem éramos desculpa para as escolhas dos outros… Mas uma coisa fica, não podemos ser empurrados para o que os outros pensam ser o “melhor”, há opções do ontem que não servem para o hoje, nem justificar a presença amanhã…. Eu pelo menos não reajo bem a empurrões…e relembro “No me moveran!” lallalal
Espero que hoje durma…porque também como os desenhos ensinaram… jacky, o urso de Tallac…jacky jacky…lalala corre mundo, como é bom ser livre e feliz lá no fundo…. llalla vem a noite sente medo, seus amigos dormem já…de manhã nasce o sol, todo o bosque despertará…. lalallala
"

março 10, 2006

Silência e tanta gente

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Maria Guinot, Festival da Canção 1984

março 08, 2006

Fala-me de amor...
Sussurra-me ao ouvido o quanto me amas... e eu viveria melhor.
Bastava-me ouvir dizer que sou eu em quem pensas quando adormeces. Que sou eu em quem pensas quando acordas. Era tão mais fácil aceitar estas nossas diferenças...
Vives nesse teu mundo, tão longe do meu e de tão díficil descoberta. Esse teu mundo, onde é quase impossível eu penetrar, onde te escondes com medo que destruam a tua essência, essa que te torna tal como és, assim, distante e meigo, com receio que te abalem essa estrutura que te sempre fez mais forte e inatingível.

Olha para mim e diz-me aquilo que vês: a mulher, a criança, ou simplesmente eu, tal como sou, sem medo de ti.
Deixa-me levantar-te nos braços, guiar-te para onde te puder amar e ai seremos simples, porque como dizia o poeta, não "fomos mais do que crianças".

fevereiro 25, 2006

Dias...

Há dias em que sabes, que mesmo existindo todos os problemas que sobrecarregam os teus dias, olhas para eles, como se se encontrassem algures não sei onde!
Só te apetece rir, dizer asneiras, cantar bem alto e saltar.
Nada te fez estar feliz por estar contente. É somente um daqueles dias em que te sentes mulher, te sentes bem e te apetece viver!

fevereiro 23, 2006

"Una palabra no dice nada y al mismo tiempo lo esconde todo"

Mar Adentro

fevereiro 22, 2006

Madrugada

Era de madrugada.
Horas incertas para amantes que não têm prazo, que se amam na escuridão de uma paixão improvável.
Olham-se com temor, sem querer fitar os olhos um do outro.
Tocam-se a medo, como se pudessem despertar uma ferida.
Beijam-se em pensamentos, na impossibilidade de isso acontecer.

E esperam... esperam com paciência até que os astros se cruzem e tornem tudo possível.
Esperam que o futuro lhes traga sabedoria para enfrentar todos os desafios que um amor como o deles acarreta.
Esperam sem esperar. Na solidão.

fevereiro 10, 2006

Encontra aquele rapaz que te faz rir quando te toca no cabelo...
Encontra aquele rapaz que te faz tremer quando te abraça...
Encontra aquele rapaz que te faz largar tudo sem medo de perder...

fevereiro 02, 2006

"As coisas que mais tememos já nos aconteceram"


(Num filme qualquer, de um livro escrito)

janeiro 20, 2006

"Porque é que as pessoas se sentem confortáveis enchendo o ar de palavras?

Que mal tem o silêncio?"

(um filme qualquer)

janeiro 14, 2006

Dever ou ser?

Devias olhar-me e fazer-me ternura com a imaginação.
Devias tocar-me e a tua pele sentir-se arrepiada pela sensação de suavidade.
Devias ouvir-me e adormecer com a minha voz.

É tudo um dever...nunca o ser.

Será esta a eternidade presumível de alguém que se quer libertar e não tem força?

janeiro 07, 2006

Questão...

Uma amiga minha está sempre a dizer:
"Homens - não podemos viver com eles; não podemos viver sem eles"

Mas se eu, até o lavatório da casa de banho sei arranjar...como é que eu não consigo viver sozinha?

janeiro 04, 2006

" É essa palavra: senhoril. Senhoril é bonito aplicado a ti. Pareces uma rainha, um andor, um bicho gracioso. Mesmo de manhã, ao acordar, quando a vista das pessoas que acabaram de dormir tanto me desagrada, mesmo isso tu suportas com panache."

D´este viver aqui neste papel descripto - António Lobo Antunes

janeiro 03, 2006

"não esqueci, não adormeci o meu vício de ti"

Mesa - Arrefece

Não sei porque é que nada acontece.
é sempre a mesma vida, sempre o mesmo stress.
não sei porque é que sentes a minha falta.
cada dia que passa, um de nós arrefece.

Será do meu trabalho da foice e do martelo,
de estar cada vez mais ordinária e impossível.
é a vida que nos toca.o relógio nunca para,
o síndrome da repetição.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui a mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É a vida que nos foge, ou então é a sensação.
não vale sequer o número de apelar ao coração.
ser mal paga no trabalho, entupida por um sermão.
andar meio à deriva. mal por mal, não ter religião.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

Passo o tempo a ir embora.
o corpo foi, eu demoro, eu demoro.
eu demoro.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída nao estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída, o relógio nunca para,
sindrome da repetição