Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

fevereiro 23, 2005

A minha terra

"A riqueza de um povo é tudo o que faz parte da tua vida.
É tudo o que te cerca.
É a paisagem que vês da tua janela.
É a casa pequenina da tua aldeia.
É o Museu da cidade.
É a cantiga que ouves ao trabalhador, é aquela que a tua mãe cantava para te embalar.
É a filarmónica da tua terra nas tardes quentes de verão.
São os trajos coloridos das mulheres do campo e do mar.
É o rancho que dança nos caminhos poeirentos da aldeia.
É a capelinha solitária do alto do monte. É a catedral da grande cidade.
É o barro moldado pela mão do oleiro, a rede feita pela mão do pescador.
É o pregão da varina que percorre as ruas da cidade, ou a voz serena do pastor chamando as ovelhas...
São as histórias contadas, aos serões de Inverno, junto à lareira.
É o jogo da malha no largo da aldeia.
É o desenrolar da meada, é a força da vida."

Encontrei este texto numa página sobre a minha terra. Terra de trabalho sofredor e de pessoas calorosamente distantes.
Gosto dele. É simples e é real.

1 comentário:

Anónimo disse...

É nessa simplicidade que se encontra a beleza do que é a vida e a paixão que é viver... viver rodeado de um mundo que, não sendo perfeito, é muito, MUITO belo!
"É a filarmónica da tua terra nas tardes quentes de verão." Como sabes, esta frase toca-me particularmente...
Adorei este texto, Laura! Muito obrigado!
Um beijo enorme!!!!! :-)
César