Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

julho 15, 2005

Estavas no teu canto.
Eu no meu.
Parecia que eu não estava ali, nem tinha que estar.
Olhavas o horizonte sem ver que eu o via também e chamavas-me sem eu reparar em ti.

Eu via o Sol tocar na àgua, deleitada pelo amor daquela tarde, quando tu me tocaste e eu a ti.
Aconteceu...o que nunca devia ter acontecido: eu ver o mar, o sol e a ti.

Quando o que se sente altera a forma de pensar; quando o suor do teu corpo se conforta com o meu; quando tu me beijas no mais terno afecto que eu posso arrancar de ti; quando isto tudo acontece, fico sem saber o que fazer, o que dizer, ou mesmo definir.

Como uma doida, na sua loucura inconsciente, é como vivo este dia que se seguiu. Este e os outros.
Os minutos passam, os ponteiros giram...e eu fico a ver-te longe de mim, a olhar o mar, o sol e outras coisas mais.
Tu no teu canto.
E eu no meu.

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