Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

janeiro 20, 2006

"Porque é que as pessoas se sentem confortáveis enchendo o ar de palavras?

Que mal tem o silêncio?"

(um filme qualquer)

janeiro 14, 2006

Dever ou ser?

Devias olhar-me e fazer-me ternura com a imaginação.
Devias tocar-me e a tua pele sentir-se arrepiada pela sensação de suavidade.
Devias ouvir-me e adormecer com a minha voz.

É tudo um dever...nunca o ser.

Será esta a eternidade presumível de alguém que se quer libertar e não tem força?

janeiro 07, 2006

Questão...

Uma amiga minha está sempre a dizer:
"Homens - não podemos viver com eles; não podemos viver sem eles"

Mas se eu, até o lavatório da casa de banho sei arranjar...como é que eu não consigo viver sozinha?

janeiro 04, 2006

" É essa palavra: senhoril. Senhoril é bonito aplicado a ti. Pareces uma rainha, um andor, um bicho gracioso. Mesmo de manhã, ao acordar, quando a vista das pessoas que acabaram de dormir tanto me desagrada, mesmo isso tu suportas com panache."

D´este viver aqui neste papel descripto - António Lobo Antunes

janeiro 03, 2006

"não esqueci, não adormeci o meu vício de ti"

Mesa - Arrefece

Não sei porque é que nada acontece.
é sempre a mesma vida, sempre o mesmo stress.
não sei porque é que sentes a minha falta.
cada dia que passa, um de nós arrefece.

Será do meu trabalho da foice e do martelo,
de estar cada vez mais ordinária e impossível.
é a vida que nos toca.o relógio nunca para,
o síndrome da repetição.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui a mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É a vida que nos foge, ou então é a sensação.
não vale sequer o número de apelar ao coração.
ser mal paga no trabalho, entupida por um sermão.
andar meio à deriva. mal por mal, não ter religião.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

Passo o tempo a ir embora.
o corpo foi, eu demoro, eu demoro.
eu demoro.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída nao estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída não estar aqui à mão.

É o fogo que se apaga e o medo da solidão
o problema é da saída, o relógio nunca para,
sindrome da repetição