Assustaste-te.
Ficaste sem saber o que me dizer, enquanto eu falava sem me calar, tentando arranjar uma solução, uma desculpa, que pudesse ser a resposta para aquilo que eu queria, para aquilo que tu querias.
Não houve resposta.
Houve esperança, houve desilusão e houve realidade.
Encontraste o meu olhar, sem me beijar docemente, como eu esperava que acontecesse.
Tremia-te a mão, tentavas fugir, sem me poderes responder àquilo que eu te perguntava.
Querias ir embora. Ausentar-te para um mundo só teu, onde os teus muros são fortes como o betão, e onde só um sábio consegue atravessá-los, sem adivinhar o que o espera e ao mesmo tempo sem certezas matemáticas nem de cálculo que lhe possam dar razão. Sim, porque aqui, não há certezas. Mas nesse teu mundo, o mais incerto é certo. Não há sonhos que não sejam reais, não há objectivos que não sejam concretizados.
É viver com a certeza do dia que te espera, do que vais encontrar, sem haver espaço para desequilibrios em que não consegues agir, pois, a perturbação desse mundo estável, faz-te recuar, mas não te faz ceder.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
junho 07, 2007
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