Passou o Carnaval.
Passou o Natal, e as férias grandes.
E passou a primavera, e veio outra vez o frio e a chuva.
E assim passaram as estações e o tempo.
O tempo. Custa tanto a passar... e dói tanto e fica qualquer coisa a faltar, qualquer coisa que nunca ninguém mais completou. Já passaram 6 anos e ainda dou por mim a querer ouvir-te e a chamar-me de mocinha.
Hoje sonhei contigo.
Não sei se acordada ou a dormir.
Mas sei que sonhei.
E recordei-me de pessoas que perdi.
Gente que morreu e gente que deixei de ver. E apetece-me abraçar-vos e dizer que sinto a vossa falta e que significam muito para mim.
Mas já não dá.
Quem partiu, nunca mais voltou.
Quem desapareceu, nunca mais olhou para trás.
E dou por mim com pensamentos de post-it.
Tu foste um daqueles que durou mais tempo. Ficaste como que um pega-monstro na minha vida, daqueles peganhentos que se pegam e não descolam.
Sacrifiquei o melhor de mim em função de frases e bajulações que agora são perfeitamente ridículas e que não têm fundamento nenhum para aquilo que eu pintei, no meu perfeito livro de princesa, daqueles prontos a rabiscar, que não dão trabalho e que é muito rápido colorir.
Ás vezes apetece-me chorar novamente por ti mas paguei o preço de ser feliz e isso é demasiado bom para nunca voltar atrás e recordar-te. O que tu me fizeste foi aquilo que nunca se faz a ninguém. Eu sou frágil e detrás desta capa existe uma bailarina que não sabe dançar sozinha.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
fevereiro 25, 2009
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