Tenho andado sem tempo, ou pelo menos, não tenho tido paciência para o blog.
Hoje cheguei a casa e liguei a aparelhagem para ouvir Toranja. Lá pus na música que mais gosto:
Adormecido
No cenário da tua vida
aclamas noites alucinantes
de gentes estonteantes
que são tanto como tu
No teatro do teu olhar
há quem note que a coragem
não passa de uma miragem
com preguiça de gritar
No repetir do teu mostrar
inventas-te uma história
que em ti não há memória
porque sabes que não é tua...
Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
porque nunca a deixaste de amar...
Continuas a ensaiar
a conveniência do sorriso
o planear do improviso
que te faz sentir maior
no artifício dos teus gestos
pensas abraçar o mundo
quando nem por um segundo
te abraças a ti mesmo
e assim vais vivendo
e assim vais andando aí
e assim vais perdendo em ti
tudo aquilo que nunca foste...
Houve alguém que te conheceu
Que te faz tremer ao passar
porque nunca a deixas-te de amar
Quando um dia acordares
numa noite sem mentira
e te vires onde não estás
vais querer voltar para trás.
Gosto desta música. Tem um ritmo bom e a letra melhor ainda. Conheço muita gente que se enquadra perfeitamente nestes versos. Às vezes, conseguimos encontrar certas letras, poemas, frases, coisas tipicas como signos, que felizmente ou infelizmente conseguem caracterizar alguém. Hoje aconteceu-me isso.
Hoje fui passear a pé por Lisboa. Foi um passeio interessante, apesar do cansaço. Fui do Rato à Estrela, Campo de Ourique e Marques de Pombal. Amanhã, é do outro lado da cidade. Somos estudantes para alguma coisa. Temos que aproveitar enquando pudemos. He he he.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
março 31, 2004
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