Chegou com as altas temperaturas e com o contexto politico alarmante do pais vizinho.
Ainda não me tinha debruçado nesse assunto, pois sinto-me pouco à vontade nessa matéria, mas tal como vinha no DN de hoje, "Foi o medo - e não a mentira- que decidiu as eleições. Um precedente preocupante". Também partilho a opinião deste senhor.
Talvez de um modo camuflado, o medo tem vindo a instalar-se aqui e além, cobrindo as brestas que ainda estavam arejadas. Os noticiários só falam em ataques em Junho, coisa que a mim nunca me suscitou grande duvida, devido à enorme percentagem de figuras públicas que o nosso pais vai suportar e também, claro está, aos muitos anónimos que virão passar férias.
Ontem recebi um email de um amigo que me escreveu:"Nunca desistas das pessoas, senão acabas velhinha e a tagarelar com o periquito."
Excluindo a piada ao piriquito, como queres que eu não desista das pessoas?
De um modo algo fatalista, como já disse alguma vezes, as pessoas já não têm dignidade. Os extremistas vieram para ficar e as suas atitudes radicais impuseram-se.
Pensar que as "bombinhas" estavam lá tão longe, e que os desacatos internos nos vizinhos era coisa que a nós não nos dizia respeito, agora a situação alterou-se um "bocadinho".
Mas a Primavera está quase a chegar. O calor faz-se sentir. Pode ser que com os passarinhos a cantar e a nascer, este meu pessimismo e fatalismo se altere.
Afinal, ainda há coisas boas para as quais vale a pena lutar?
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
março 16, 2004
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