Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.

dezembro 11, 2007

trinta dias

O tempo passa e nada muda.
Um mês decorrido e ando eu a ouvir Balla novamente até à exaustão.

Sinto-me estranha, fora de mim, como se algo tivesse apoderado do meu corpo e fosse esse o guia que o levanta e conduz em mais um dia da minha vida.
Queria ficar impecavelmente deitada a dormir sem sonhos que me assustem, nem pesadelos que me acordem.
Quero dormir num sono profundo sem imagens que me despertem para ti.
Quero isolar-me deste meu mundo e nunca mais olhar-te com estes meus olhos que te desejam olhar eternamente.
Desejo-te com todo o meu corpo e sinto a alma suja de tanto rancor que sinto por te ter amado. Amor proibido e desobediente que me fez reconhecer que seres diferentes se podem gostar.
Quero-te bater. Quero-te gritar. Quero ver-te chorar. Chorar por mim o mesmo que eu já chorei por ti.
Quero que o tempo passe...
Quero que passe um século neste minuto que passa.
Quero abraçar-te. Trocar de lugar contigo. Deixar a indecisão. Quero a tua pele morena.
Quero que fiques como eu estou.
Mas quero que fiques. Quero que queiras. E quero não querer.
Porquê?
Porque sim. Porque te quero com todo o meu ser.

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