Dizias ser eterna.
Ser um monstro de redenção.
Um fruto por provar já maduro, em dias de calor de Verão.
Desejavas a alma mais pura, livre de toda a poeira que rodopia pelo teu universo. Aquele lugar de sonhos e esperanças, de magia e de valores que te erguem para o cimo do monte, onde gostas de ser feliz.
O vestido que trazes encosta-se ao teu corpo, mas não te prende os movimentos um pouco mais pesados do que aquilo que desejas, para correr atrás do verde das folhas, de uma Primavera que não vai acabar mais cedo do que o permitido, pelo tempo que lhe deste.
Corres segurando a calma entre os braços, levas em cima dos ombros a paciência de mais uma hora de vida.
Esse relógio que teima em não parar. Que se recusa a regressar no tempo. Aqueles ponteiros que dançam à tua volta, rindo-se de ti, mostrando-te que eles não envelhecem e que te vencem na batalha de mais um dia a acordar.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
abril 28, 2008
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