No desconhecido prazer da escuridão encontraste-me a vaguear.
Amedrontaste-me com a tua compaixão e eu cedi-te o meu ser, sem mais reflexos do que o simples medo de viver.
Fixaste em mim as tuas palavras ternas e com o teu pouco saber, definiste o meu caminho torto, que se endireitou para se guiar pelo teu, na ousadia de um renascer, como a criança perdida que encontrou o regresso ao lar.
Despertaste o que eu já não acreditava, o desejo de viver, de voltar a ter frio em noites de calor, o sabor amargo da saudade, o refilar por não te encontrar, o sofrimento de ter que dizer adeus.
Sem desconfiares, confortaste e secaste as minhas lágrimas, redesenhaste o meu rosto mas eu nunca vi o teu. Escondeste-te por detrás de paredes de ausência e eu deixei-te permitir a fugacidade de mais um amor dos meus.
O desejo que redescobri satisfaz todas as minhas exigências e a minha alma agradece a todo o instante, aquele dia em que não nos cruzamos, mas o dia em que eu voltei a sentir!
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
julho 08, 2008
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