Hoje procuro a ferida que rompeste mais uma vez no meu tão frágil sentir. Débil como uma pena que paira à mercê do vento, e segura como a rocha no abismo de viver.
Abriste a dor que sangra há demasiado tempo sem ser curada por ti ou por outro alguém que nada valha ao pé de ti, mas que me limpe a tristeza que me invade em cada momento que recordo as tuas mãos.
Foram breves os momentos que tivemos, foram demasiado rápidos os segundos dessa nossa existência tão curta e que me pesa e não me deixa fugir de ti. Marcaste-me com o teu arpão de águia fugidia e escondeste-te para sempre, de sempre, de mim.
Inventaste novos caminhos e ludibriaste o meu percurso que desespera por fugir ao teu, ansiando que te esqueça, que me esqueça, numa qualquer rua, num café desconhecido, no banco do jardim onde nos sentamos.
Ficam as memórias difíceis de recordar, a chaga aberta de cada passo que dou para longe de ti.
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim.
Ornatos Violeta
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
fevereiro 26, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário