Hoje visitei um passado. Um tempo que passou como num sussurro bem perto de mim, a segredar-me que tudo o que passa, passa por nós com a mesma força que o mar e o vento se conjugam numa tempestade contra mim.
Tornaste-te em mim na curta tempestade da minha existência que me fez tremer e duvidar do futuro.
Cumpriste a pena da nossa curta vida, enquanto eu te agarrei por me agarrar a ti.
Leio-me e reescrevo-me a todas as horas, duvidando do tempo que virá e de quando os nossos caminhos se irão cruzar, tendo por esperança reencontrar-te num futuro breve, em que não terás medo de me confrontar com os teus receios e eu te poderei abraçar e te direi que tudo não foi mais do que o pesadelo de viver.
Recordo-me de palavras ditas e escritas e confirmo que o mundo é grande demais para ti e pequeno para mim.
Quero saber um dia se o que escreveste foi de ti para mim e se eu li a pensar em ti. Será que ainda me lês? Que me recordas por vezes? Que paras um segundo e chamas por mim?
Não tenho esperança de nada mais em comum que não seja aquilo que se perdeu entre o som de uma gaivota, a espuma do mar e os primeiros raios de sol das madrugadas em que não adormecemos, e as nossas palavras não foram mais do que simples palavras, nas longas conversas de amantes que sabem que o tempo permitido é curto para o que se querem.
Nada mais fica por dizer porque uma amiga sempre terás, um porto de abrigo para as tempestades do teu mar e uma linha que te guia quando a corrente de afastar do teu rumo.
Nunca foste, nunca serás, nem és o mar por onde navego: és simplesmente aquela onda perfeita que eu apanhei e recordo a sua passagem desejando voltar a renavegar-te.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
março 28, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário