É onde tenho que ir muitas vezes.Ao dentista, ao médico... a uma série de consultórios espalhados por ai. E por eles estão espalhadas revistas de conteudos pouco ou nada interessantes.
Hoje, como tive uma hora à espera do dentista, não que ele tenha chegado tarde, eu é que cheguei cedo demais, entretive-me a ler a Cosmopolitan e fiquei a saber que estou apaixonada, segundo os testes "mais respotas A", "mais respostas B".
Também fiquei a saber o que não dizer ao amante na hora "h".
Não há problema de irem para a cama no primeiro encontro, minhas amigas.Agora é moda dar uma queca pois desde que a virgindade esteja perdida, nada mais há a temer.
E falta os truques. "Como agradá-lo na cama".Titulo interessante sobre um tema que ocupa 2 pagina...só?? Pergunto eu. Os homens, segundo percebi, têm muitos pontos "g". Qualquer coisinha leva-os ao orgasmo (multiplo??? :P ).Funcionam muito com a visão e não gostam de ser comparados aos ex.
Mas que treta de cenas...será que ninguém sabe isso? É preciso uma revista que custa 2.90 para nos dizer estas barbaridades?
E quanto ao teste....estão enganados!He he he
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
maio 31, 2004
maio 29, 2004
Relações humanas são das coisas mais difíceis de definir.
Foi este o pensamento com que ficaste, depois de reler as cartas dele. Já passou tanto tempo, mas parece que foi ontem que ele te disse aquele “não” mais cobarde que alguma vez ouviste dito por alguém.
Hoje estás naqueles dias que só te apetece chorar, minha menina. O disco a tocar de Madredeus ainda te põe mais melancólica, do que já te encontras. Apesar de estar um dia bonito lá fora, (afinal começou a primavera) a tua caminha ainda por fazer é uma tentação irresistível. Vestes o pijama e deitas-te a pensar nele.
Mas já não é o ele anterior. É um “ele” comum. Um “ele” que engloba todos os homens no mundo. Cada vez que pensas nisto, te tornas mais feminista e uma arma pronta a disparar. Já não aguentas a pressão de “eles” te fazerem infeliz. São uns seres desprezíveis. Mas não conseguimos passar sem eles.
Levantas-te a rir dos teus pensamentos. Oh, tontinha, tens que ser superior a isso. És muito melhor que tudo. Nunca ninguém te há-de merecer. Serás sempre superior a tudo e todos, mas por vezes deixas-te levar e iludes-te sem piedade. Mas no depois, quando acordas, retomas a consciência e vês que ninguém merece esse teu esforço. És afinal, uma mulher de armas. És bonita, inteligente, culta e trabalhadora. Já viveste muito, mas sabes que essas experiências nunca serão em vão. Cada dia te torna mais forte para enfrentares o mundo com um olhar altivo e sabedor.
És jovem. És experiente. Mas és também imatura. Debates-te todos os dias com esse eterno dilema da vida. Não sabes para o que vives. Não sabes para quem vives. Somente para ti. Já pensaste em ter filhos, assim davas um sentido à vida. Mas já pensaste em desistir de viver. Já puseste todas as hipóteses sustentáveis. Pelo menos aquelas que te parecem mais viáveis. Já ponderaste deixar de estudar, abandonar tudo e correr o mundo. Até veio-te há ideia parar, e começares a trabalhar. Mas rapidamente essas ideias se esbatem, já que desde os teus 9 anos, quando realmente tiveste a percepção da crueldade do que os homens e mulheres são capazes, sempre disseste que serias uma juíza pronta a defender aquelas crianças que sofreram como tu.
Mas viver a idade que vives é difícil. É a idade mais incongruente da vida. É quando tudo te parece errado. É quando procuras um ideal e um bem para tudo. É quando decides ir em busca da perfeição. É quando te iludes que tens a força do mundo e mais além para lutar por uma utopia que só tu sabes qual é, diferente de tudo e de todos, que só no teu coração existe, que só tu sabes defini-la dentro da tua cabeça, quando tens todo o mundo ai presente e todas as ideias lutam em pequenos turbilhões, que te deixam exausta e cansada. Afinal, a luta é difícil. Não tem fim. Não tem principio. Não tem aliados. Não tem inimigos. É nada.
Hoje é dia do pai. 19 de Março. É um dia que te diz muito e nada. Lembras-te de fazer bonecos na escola sempre com muito tempo de antecedência, para levares para casa e ofereceres ao pai, que ficava contente. Mas agora não te diz quase nada. Ele é ausente. Não o podes abraçar. Não podes abraçar ninguém. Não tens ninguém para abraçar. Mulheres ou homens reparaste agora, que estás sozinha. Não tens ninguém. És sozinha. Sentes-te sozinha. Vives rodeada de gente mas sentes a solidão mais presente do que alguma vez pensaste senti-la. Não podes afirmar que essa gente não te ame. Não, eles amam-te. Tu, não te sentes amada como querias. Talvez, como necessites e como precisas. Mas vives tentando remediar isso que pensas que é algo inferior e sem grande relevo, tentando não mostrar esse medo que te atormenta e demonstras que és forte e imbatível. No fundo, vives como um ser duplo.
Não. Isso não é verdadeiro. Eu não sou um ser duplo. Sou somente um “eu”. Alguém que não quer ver maldade em ninguém e que vive tentando ver facilidades em tudo, pois a vida é para ser vivida com alegria. Ris-te. Fazes um sorriso daqueles em que mostras o aparelho com elásticos azuis, mas no fundo sabes, que isso é uma faceta.
Tens frio. De repente ficaste a tremer. Será que é porque escreves sobre um tema que te dá pavor, onde falas do teu intimo. Onde escreves sobre a tua essência, pondo-a no exterior, onde qualquer pessoa pode lê-la? Talvez…
Fazes “torcidas”, mastigas a pastilha, olhas para o telemóvel. Tentas esquecer isto. Olhar de maneira diferente, mas não consegues parar. Os óculos fazem-te doer atrás da orelha. Uma dor fraca, mas lenta, dolorosa, que se vai tornando crónica. Não te apetece ir por as lentes. Hoje não as puseste. Também não as vais por agora, no fim do dia.
Não sabes o que queres. Acendeste o candeeiro. Olhas para um cd do Rui Veloso, pois já estás cansada de ouvir Madredeus. Mas não te apetece levantar. Hoje estás bonita. Sentes-te bonita. Mas só para ti? E voltaste àquele tema. Perguntas o porque, a resposta para todas as tuas perguntas que pões em cada segundo que passa nessa tua cabecinha. Não tens descanso. Até os sonhos são pesadelos. As noites são uma tormenta. Custa-te adormecer e levantas-te cansada. Anseias por uma pausa. Um corte com esta realidade que te amedronta tanto. Será da idade? Será que tenho que passar por isto? Será que irei viver sem ter este mundo em convulsões dentro da minha cabeça?
Apetece-te ler, apetece-te ler História, apetece-te ouvir musica, escrever, comer, dormir, chorar, gritar, não fazer nada. Ficar a olhar para o céu eternamente à espera. A uma eterna espera. Sim, eterna, porque sabes que nunca ninguém te irá responder ao que procuras.
Tentas viver a pensar no futuro. A tentar lutar por esse futuro. Esse futuro onde esperas alcançar a glória que tanto desejas. “Esse futuro que há-de vir” onde nada nem ninguém te deterá. Onde te tornarás naquilo que sempre sonhaste. Mas o que sempre sonhaste? Não sabes? Não consegues explicar.
Por vezes pensas que não sabes nada. Que não interessa aquilo que pensas, aquilo que sabes. Vêem-te como alguém que não tem nenhuma importância. Que aquilo que diz não pode ser levado a sério. És dependente de todos. Não consegues viver sozinha. Não tens dinheiro. Não tens nada. Só te tens a ti. Será que isso chega?
Alguns dizem que sim. Que só tu sabes aquilo que és e o que vales. Mas eu valerei alguma coisa? Serei boa nalguma coisa? Talvez. Afinal, todos nós nascemos com alguma coisa na qual nos evidenciamos. A verdade é que ainda não descobri essa faceta na qual eu me evidencio. Ainda ando à procura de mim. Daquilo que eu sou. Daquilo que eu quero. Do que gosto. Pelo que eu quero lutar.
Há gente que anda em busca dessas respostas a vida toda. Espero que isso a mim não me aconteça. Quero saber que morri mas que soube para o que vivi. Quero morrer velhinha, rodeada de netos, que me chamem de Avó Laura. Quero que me amem, como eu os amarei e lhes darei presentes e atenção. Atenção de avó. Quando temos todo o tempo do mundo. Quando não temos já que lutar por nada, pois sentimo-nos satisfeitos e felizes com a vida. Quero dormir abraçada a alguém que me ame. Quero viver com alguém ao meu lado, alguém esse que seja bom, que seja amigo, que me acompanhe durante o resto da vida, nesse percurso silencioso que é o envelhecer.
Todos sabemos que a vida não é assim tão linear. Desejar esses fins, talvez seja o auge da felicidade, para alguns. Mas as coisas não são como se quer. Quando se pensa que tudo está bem, quando o chão se sente por baixo dos nossos pés e transmite segurança, é quando por vezes se abre um precipício e tudo o que parecia estar certo torna-se errado. Não há certezas. É tudo o que podes compreender. Mesmo a própria certeza é incerta. Tudo na vida são dilemas. São teorias que não passam disso mesmo: de teorias. Que podem dar certo, até vir alguém demonstrar o quanto estavam erradas e assim sucessivamente.
Por mais que penses que estejas correcta, por mais que sintas que ages com preceito, pode haver sempre algo que te faz recuar. Que te diz que estás mal. Mesmo quando a tua consciência nada diz de errado, há sempre alguém que se pode magoar, há sempre alguma coisa que se pode partir ou destruir. Por mais que se viva, certezas e verdadeiras realidades nunca existirão. Disso podes ter a certeza dentro da incerteza.
O interessante da vida, embora muitas vezes se torne dramático é viver na incerteza. A inexactidão do futuro. É disso que tens medo. De não teres o poder para que as coisas dêem certo. Para que nada dê errado. Para que tudo dê certo.
Oh, que ilusão a tua, minha menina. Ainda hoje leste no jornal uma frase que te fez pensar “grande paradoxo: o homem moderno imergiu no prazer, e no entanto é infeliz”. Como é verdade. Como resume aquilo que pensas, aquilo que sentes. Tens, ou pensas que tens, tudo aquilo que queres mas no fim, sentes-te infeliz. O paradoxo da idade moderna. Cada vez mais o homem tem todo o prazer que o mundo lhe consegue dar, mas a sua insatisfação é plena.
Foi este o pensamento com que ficaste, depois de reler as cartas dele. Já passou tanto tempo, mas parece que foi ontem que ele te disse aquele “não” mais cobarde que alguma vez ouviste dito por alguém.
Hoje estás naqueles dias que só te apetece chorar, minha menina. O disco a tocar de Madredeus ainda te põe mais melancólica, do que já te encontras. Apesar de estar um dia bonito lá fora, (afinal começou a primavera) a tua caminha ainda por fazer é uma tentação irresistível. Vestes o pijama e deitas-te a pensar nele.
Mas já não é o ele anterior. É um “ele” comum. Um “ele” que engloba todos os homens no mundo. Cada vez que pensas nisto, te tornas mais feminista e uma arma pronta a disparar. Já não aguentas a pressão de “eles” te fazerem infeliz. São uns seres desprezíveis. Mas não conseguimos passar sem eles.
Levantas-te a rir dos teus pensamentos. Oh, tontinha, tens que ser superior a isso. És muito melhor que tudo. Nunca ninguém te há-de merecer. Serás sempre superior a tudo e todos, mas por vezes deixas-te levar e iludes-te sem piedade. Mas no depois, quando acordas, retomas a consciência e vês que ninguém merece esse teu esforço. És afinal, uma mulher de armas. És bonita, inteligente, culta e trabalhadora. Já viveste muito, mas sabes que essas experiências nunca serão em vão. Cada dia te torna mais forte para enfrentares o mundo com um olhar altivo e sabedor.
És jovem. És experiente. Mas és também imatura. Debates-te todos os dias com esse eterno dilema da vida. Não sabes para o que vives. Não sabes para quem vives. Somente para ti. Já pensaste em ter filhos, assim davas um sentido à vida. Mas já pensaste em desistir de viver. Já puseste todas as hipóteses sustentáveis. Pelo menos aquelas que te parecem mais viáveis. Já ponderaste deixar de estudar, abandonar tudo e correr o mundo. Até veio-te há ideia parar, e começares a trabalhar. Mas rapidamente essas ideias se esbatem, já que desde os teus 9 anos, quando realmente tiveste a percepção da crueldade do que os homens e mulheres são capazes, sempre disseste que serias uma juíza pronta a defender aquelas crianças que sofreram como tu.
Mas viver a idade que vives é difícil. É a idade mais incongruente da vida. É quando tudo te parece errado. É quando procuras um ideal e um bem para tudo. É quando decides ir em busca da perfeição. É quando te iludes que tens a força do mundo e mais além para lutar por uma utopia que só tu sabes qual é, diferente de tudo e de todos, que só no teu coração existe, que só tu sabes defini-la dentro da tua cabeça, quando tens todo o mundo ai presente e todas as ideias lutam em pequenos turbilhões, que te deixam exausta e cansada. Afinal, a luta é difícil. Não tem fim. Não tem principio. Não tem aliados. Não tem inimigos. É nada.
Hoje é dia do pai. 19 de Março. É um dia que te diz muito e nada. Lembras-te de fazer bonecos na escola sempre com muito tempo de antecedência, para levares para casa e ofereceres ao pai, que ficava contente. Mas agora não te diz quase nada. Ele é ausente. Não o podes abraçar. Não podes abraçar ninguém. Não tens ninguém para abraçar. Mulheres ou homens reparaste agora, que estás sozinha. Não tens ninguém. És sozinha. Sentes-te sozinha. Vives rodeada de gente mas sentes a solidão mais presente do que alguma vez pensaste senti-la. Não podes afirmar que essa gente não te ame. Não, eles amam-te. Tu, não te sentes amada como querias. Talvez, como necessites e como precisas. Mas vives tentando remediar isso que pensas que é algo inferior e sem grande relevo, tentando não mostrar esse medo que te atormenta e demonstras que és forte e imbatível. No fundo, vives como um ser duplo.
Não. Isso não é verdadeiro. Eu não sou um ser duplo. Sou somente um “eu”. Alguém que não quer ver maldade em ninguém e que vive tentando ver facilidades em tudo, pois a vida é para ser vivida com alegria. Ris-te. Fazes um sorriso daqueles em que mostras o aparelho com elásticos azuis, mas no fundo sabes, que isso é uma faceta.
Tens frio. De repente ficaste a tremer. Será que é porque escreves sobre um tema que te dá pavor, onde falas do teu intimo. Onde escreves sobre a tua essência, pondo-a no exterior, onde qualquer pessoa pode lê-la? Talvez…
Fazes “torcidas”, mastigas a pastilha, olhas para o telemóvel. Tentas esquecer isto. Olhar de maneira diferente, mas não consegues parar. Os óculos fazem-te doer atrás da orelha. Uma dor fraca, mas lenta, dolorosa, que se vai tornando crónica. Não te apetece ir por as lentes. Hoje não as puseste. Também não as vais por agora, no fim do dia.
Não sabes o que queres. Acendeste o candeeiro. Olhas para um cd do Rui Veloso, pois já estás cansada de ouvir Madredeus. Mas não te apetece levantar. Hoje estás bonita. Sentes-te bonita. Mas só para ti? E voltaste àquele tema. Perguntas o porque, a resposta para todas as tuas perguntas que pões em cada segundo que passa nessa tua cabecinha. Não tens descanso. Até os sonhos são pesadelos. As noites são uma tormenta. Custa-te adormecer e levantas-te cansada. Anseias por uma pausa. Um corte com esta realidade que te amedronta tanto. Será da idade? Será que tenho que passar por isto? Será que irei viver sem ter este mundo em convulsões dentro da minha cabeça?
Apetece-te ler, apetece-te ler História, apetece-te ouvir musica, escrever, comer, dormir, chorar, gritar, não fazer nada. Ficar a olhar para o céu eternamente à espera. A uma eterna espera. Sim, eterna, porque sabes que nunca ninguém te irá responder ao que procuras.
Tentas viver a pensar no futuro. A tentar lutar por esse futuro. Esse futuro onde esperas alcançar a glória que tanto desejas. “Esse futuro que há-de vir” onde nada nem ninguém te deterá. Onde te tornarás naquilo que sempre sonhaste. Mas o que sempre sonhaste? Não sabes? Não consegues explicar.
Por vezes pensas que não sabes nada. Que não interessa aquilo que pensas, aquilo que sabes. Vêem-te como alguém que não tem nenhuma importância. Que aquilo que diz não pode ser levado a sério. És dependente de todos. Não consegues viver sozinha. Não tens dinheiro. Não tens nada. Só te tens a ti. Será que isso chega?
Alguns dizem que sim. Que só tu sabes aquilo que és e o que vales. Mas eu valerei alguma coisa? Serei boa nalguma coisa? Talvez. Afinal, todos nós nascemos com alguma coisa na qual nos evidenciamos. A verdade é que ainda não descobri essa faceta na qual eu me evidencio. Ainda ando à procura de mim. Daquilo que eu sou. Daquilo que eu quero. Do que gosto. Pelo que eu quero lutar.
Há gente que anda em busca dessas respostas a vida toda. Espero que isso a mim não me aconteça. Quero saber que morri mas que soube para o que vivi. Quero morrer velhinha, rodeada de netos, que me chamem de Avó Laura. Quero que me amem, como eu os amarei e lhes darei presentes e atenção. Atenção de avó. Quando temos todo o tempo do mundo. Quando não temos já que lutar por nada, pois sentimo-nos satisfeitos e felizes com a vida. Quero dormir abraçada a alguém que me ame. Quero viver com alguém ao meu lado, alguém esse que seja bom, que seja amigo, que me acompanhe durante o resto da vida, nesse percurso silencioso que é o envelhecer.
Todos sabemos que a vida não é assim tão linear. Desejar esses fins, talvez seja o auge da felicidade, para alguns. Mas as coisas não são como se quer. Quando se pensa que tudo está bem, quando o chão se sente por baixo dos nossos pés e transmite segurança, é quando por vezes se abre um precipício e tudo o que parecia estar certo torna-se errado. Não há certezas. É tudo o que podes compreender. Mesmo a própria certeza é incerta. Tudo na vida são dilemas. São teorias que não passam disso mesmo: de teorias. Que podem dar certo, até vir alguém demonstrar o quanto estavam erradas e assim sucessivamente.
Por mais que penses que estejas correcta, por mais que sintas que ages com preceito, pode haver sempre algo que te faz recuar. Que te diz que estás mal. Mesmo quando a tua consciência nada diz de errado, há sempre alguém que se pode magoar, há sempre alguma coisa que se pode partir ou destruir. Por mais que se viva, certezas e verdadeiras realidades nunca existirão. Disso podes ter a certeza dentro da incerteza.
O interessante da vida, embora muitas vezes se torne dramático é viver na incerteza. A inexactidão do futuro. É disso que tens medo. De não teres o poder para que as coisas dêem certo. Para que nada dê errado. Para que tudo dê certo.
Oh, que ilusão a tua, minha menina. Ainda hoje leste no jornal uma frase que te fez pensar “grande paradoxo: o homem moderno imergiu no prazer, e no entanto é infeliz”. Como é verdade. Como resume aquilo que pensas, aquilo que sentes. Tens, ou pensas que tens, tudo aquilo que queres mas no fim, sentes-te infeliz. O paradoxo da idade moderna. Cada vez mais o homem tem todo o prazer que o mundo lhe consegue dar, mas a sua insatisfação é plena.
maio 28, 2004
"Demoraste demasiado tempo e a própria natureza das coisas afastou-te do teu objectivo."
O Aprendiz desceu da árvore. Hoje chegara mais alto. Estava, a pouco e pouco, a perder o medo e a ganhar confiança. Cada ramo era mais familiar, cada salto impossível antes parecia agora de uma simplicidade estúpida. O medo da queda não existia porque aprendera a cair de pé ou, no mínimo, a saber cair sem se magoar. Desceu e sentou-se no chão. Adorava sentar-se no chão por se sentir bem e extremamente descontraído. O Mestre assomou por detrás dele, projectando sombra no chão.
"Sentes-te mais forte?". O Aprendiz deixou-se cair no chão, olhando na direcção do céu viu o rosto sorridente do Mestre. Não respondeu e por isso foi o Mestre a voltar a falar "Há muito tempo disseste que conseguirias chegar ao topo desta árvore. Cada dia que passa chegas mais alto, mas só um pouco mais alto. Eu diria que já conseguirias chegar lá acima, porque não conquistas esta árvore e te sentes mais forte e feliz?". O Aprendiz sentou-se novamente para não ver o sorriso do Mestre, tão indecifrável quanto perene. E mais uma vez nada disse. Levantou-se e começou novamente a subir à árvore. As horas de intenso treino já o levavam a não usar tanto assim os braços. A sequência de saltos foi perfeita e enquanto chegava ao fim da parte conhecida do percurso cerrou os dentes. A partir daqui ele sabia que era fácil mas não conhecia o caminho. Gestos tão simples que eram necessários e que ele sabia que tinha que fazer. Os saltos novos sentiam-se como velhos e o topo estava muito perto. O salto final... e enquanto voava em direcção ao último ramo finalmente feliz e de braços abertos para abraçar uma felicidade tão ansiada, aconteceu algo que ele talvez pudesse chamar de injusto. Uma rajada de vento, saída de entre tantas outras árvores soprou o ramo para fora do alcance do Aprendiz. Caiu. Bateu em dois ramos e depois no chão coberto de uma relva fofa mas dolorosa. As escoriações arderam em contacto com as lágrimas. O punho doeu quando atacou a árvore com um soco. O mestre não sorria, mas sabia o que tinha que dizer "Demoraste demasiado tempo e a própria natureza das coisas afastou-te do teu objectivo. Essa árvore nunca será, garanto, a árvore que vais conquistar." O aprendiz cerrou os dentes. Veria a árvore todos os dias a partir desse, na certeza que perdera ali uma oportunidade para ser feliz. Só se interrogava, enquanto caminhava para casa com o Mestre... ficariam marcas da sua passagem naquele tronco, naqueles ramos, em cada folha?...
(Zica, www.naoqueremouvir.blogspot.com)
Este conto não foi escrito por mim, mas gostei mt dele. Ainda há gente que escreve coisas fixes e bonitas!
A esperança mantém-se...
"Sentes-te mais forte?". O Aprendiz deixou-se cair no chão, olhando na direcção do céu viu o rosto sorridente do Mestre. Não respondeu e por isso foi o Mestre a voltar a falar "Há muito tempo disseste que conseguirias chegar ao topo desta árvore. Cada dia que passa chegas mais alto, mas só um pouco mais alto. Eu diria que já conseguirias chegar lá acima, porque não conquistas esta árvore e te sentes mais forte e feliz?". O Aprendiz sentou-se novamente para não ver o sorriso do Mestre, tão indecifrável quanto perene. E mais uma vez nada disse. Levantou-se e começou novamente a subir à árvore. As horas de intenso treino já o levavam a não usar tanto assim os braços. A sequência de saltos foi perfeita e enquanto chegava ao fim da parte conhecida do percurso cerrou os dentes. A partir daqui ele sabia que era fácil mas não conhecia o caminho. Gestos tão simples que eram necessários e que ele sabia que tinha que fazer. Os saltos novos sentiam-se como velhos e o topo estava muito perto. O salto final... e enquanto voava em direcção ao último ramo finalmente feliz e de braços abertos para abraçar uma felicidade tão ansiada, aconteceu algo que ele talvez pudesse chamar de injusto. Uma rajada de vento, saída de entre tantas outras árvores soprou o ramo para fora do alcance do Aprendiz. Caiu. Bateu em dois ramos e depois no chão coberto de uma relva fofa mas dolorosa. As escoriações arderam em contacto com as lágrimas. O punho doeu quando atacou a árvore com um soco. O mestre não sorria, mas sabia o que tinha que dizer "Demoraste demasiado tempo e a própria natureza das coisas afastou-te do teu objectivo. Essa árvore nunca será, garanto, a árvore que vais conquistar." O aprendiz cerrou os dentes. Veria a árvore todos os dias a partir desse, na certeza que perdera ali uma oportunidade para ser feliz. Só se interrogava, enquanto caminhava para casa com o Mestre... ficariam marcas da sua passagem naquele tronco, naqueles ramos, em cada folha?...
(Zica, www.naoqueremouvir.blogspot.com)
Este conto não foi escrito por mim, mas gostei mt dele. Ainda há gente que escreve coisas fixes e bonitas!
A esperança mantém-se...
maio 26, 2004
Amor
"O amor não se explica não se escolhe e não é algo a que possamos simplesmente renunciar. Sente-se apenas"
(António Mega Ferreira, in Amor)
Já li este livro, onde ele fala assim do "amor". Ofereceram-me este livro nos anos. É daqueles livros magrinhos, que se lê em duas horitas. Sinceramente, não me "tocou" muito, mas mesmo assim, não me esqueci dele.Fala de amor.
Há amores que duram para sempre e que têm um enorme significado na nossa vida. Outros que vivemos com paixão desenfreada, aos quais nos envolvemos a 100% e que se esvaiem, como se nunca tivessem acontecido.
Já senti esses tipos de amor. Já os vivi. Já os esqueci.
Neste momento falar de amor para mim, é algo extremamente doloroso e dificil. Por isso não me pronuncio nesse tema, pois, sem receio, assusta-me.
Viver esse sentimento para mim, agora, é quase ataraxia. Não me apetece sentir, não me apetece viver. Somente estar aqui. Saber que sim, sem querer saber quando e onde. Vivo sem querer amar alguém assim. Vivo vivendo. O dia-a-dia. Calmamente no meu poiso sem me preocupar com um futuro incerto nos braços de alguém. Alguém que só eu sinto, que só eu sei, que escondo de um mundo egoista de si mesmo.
Houve um dia que me disseram que o amor era egoista. Será? Já pensei nisso. Mas o verdadeiro amor não é egoista. O verdadeiro amor é querer ver quem amamos feliz, com um sorriso e a rir. E o amor não é insatisfeito. O amor enche-se com um olhar. Com um carinho. Ternura.
Oh! Tantas maneiras de caracterizar o amor. Tantas e tão belas. Tão crueis. Sentimento este que nos envolve e que nos absorve, devolvendo-nos a um mundo que não aceita tal como é, o amor.
P.S.- Ultimamente tenho despejado frases, textos, musicas aqui no blog. Não porque não goste delas, se não gostasse, não as punha, obvio.Mas as vezes não me apetece escrever e em vez de escrever qualquer coisa banal e sem valor, prefiro dar a conhecer algumas coisas a que dou importancia.
(António Mega Ferreira, in Amor)
Já li este livro, onde ele fala assim do "amor". Ofereceram-me este livro nos anos. É daqueles livros magrinhos, que se lê em duas horitas. Sinceramente, não me "tocou" muito, mas mesmo assim, não me esqueci dele.Fala de amor.
Há amores que duram para sempre e que têm um enorme significado na nossa vida. Outros que vivemos com paixão desenfreada, aos quais nos envolvemos a 100% e que se esvaiem, como se nunca tivessem acontecido.
Já senti esses tipos de amor. Já os vivi. Já os esqueci.
Neste momento falar de amor para mim, é algo extremamente doloroso e dificil. Por isso não me pronuncio nesse tema, pois, sem receio, assusta-me.
Viver esse sentimento para mim, agora, é quase ataraxia. Não me apetece sentir, não me apetece viver. Somente estar aqui. Saber que sim, sem querer saber quando e onde. Vivo sem querer amar alguém assim. Vivo vivendo. O dia-a-dia. Calmamente no meu poiso sem me preocupar com um futuro incerto nos braços de alguém. Alguém que só eu sinto, que só eu sei, que escondo de um mundo egoista de si mesmo.
Houve um dia que me disseram que o amor era egoista. Será? Já pensei nisso. Mas o verdadeiro amor não é egoista. O verdadeiro amor é querer ver quem amamos feliz, com um sorriso e a rir. E o amor não é insatisfeito. O amor enche-se com um olhar. Com um carinho. Ternura.
Oh! Tantas maneiras de caracterizar o amor. Tantas e tão belas. Tão crueis. Sentimento este que nos envolve e que nos absorve, devolvendo-nos a um mundo que não aceita tal como é, o amor.
P.S.- Ultimamente tenho despejado frases, textos, musicas aqui no blog. Não porque não goste delas, se não gostasse, não as punha, obvio.Mas as vezes não me apetece escrever e em vez de escrever qualquer coisa banal e sem valor, prefiro dar a conhecer algumas coisas a que dou importancia.
País
"Razões de ordem económica, de ordem operacional, ou ordem moral levaram à ideia de que o país é por vocação um projecto falhado em que todos somos responsáveis e ninguém o é. Essa desmotivação, essa perda de auto-estima, será provocada por uma carência de comunicação? Não creio. Talvez seja o contrário: a comunicação falha porque a desmotivação existe."
Eduardo Prado Coelho, in Publico, 19 Maio 2004
Eduardo Prado Coelho, in Publico, 19 Maio 2004
maio 24, 2004
PSD
" O PSD é um partido prático. Não inventa. Não imagina. Mas resolve problemas. Só que também os cria, e não são poucos. Gaba-se de não ter ideologia, nem doutrina, mas anda sempre à procura de causas. E gostava de ter um pensamento. Teve duas grandes lutas, de que saiu vencedor. Com Sá Carneiro, por um regime civil e uma Constituição livre. Com Cavaco, pela liberalização da economia e pela privatização de um obsoleto e absurdo sector público. Depois, faz esforços titânicos por não ter doutrina, pois percebeu que, se o fizer, afasta mais do que recruta."
António Barreto, in Público, 07-05-2004
António Barreto, in Público, 07-05-2004
FCP
Segundo um adepto do FCP, a equipa tem que se apresentar na final da liga dos campeoes contra o monaco, humilde, ou seja, igual a si propria.
Meu caro adepto...tem andado a ver a equipa certa?
Meu caro adepto...tem andado a ver a equipa certa?
maio 19, 2004
Suave Tristeza
Que suave é a tristeza
que sai desse teu olhar
desse rosto de Princesa
cansado de olhar o mar.
Dão as ondas a certeza
de a maré nunca acabar
fica-te uma esperança acessa
a de ver o amor voltar
a de ver o amor voltar.
Lá ao longe que beleza
põe-se o sol nasce o luar
mas nem por isso a Princesa
deixa de olhar o mar.
Amanhece um céu turquesa
as estrelas vão descansar
só não repousa a Princesa
escrava deste seu amar
na esperança de o amor voltar
escrava deste seu amar
na esperança de o amor voltar.
(Madredeus, Um Amor Infinito)
que sai desse teu olhar
desse rosto de Princesa
cansado de olhar o mar.
Dão as ondas a certeza
de a maré nunca acabar
fica-te uma esperança acessa
a de ver o amor voltar
a de ver o amor voltar.
Lá ao longe que beleza
põe-se o sol nasce o luar
mas nem por isso a Princesa
deixa de olhar o mar.
Amanhece um céu turquesa
as estrelas vão descansar
só não repousa a Princesa
escrava deste seu amar
na esperança de o amor voltar
escrava deste seu amar
na esperança de o amor voltar.
(Madredeus, Um Amor Infinito)
maio 16, 2004
Nunca fui muito dada a escrever poemas, mas no outro dia apeteceu-me. Não ficou grande coisa, mas mesmo assim, gosto dele.
Porquê este desejo efémero de te ver?
Este cruel anseio de te sentir?
E este devaneio absurdo de te falar?
Olhar-te! Saber que estás ai.
Sentir-te! A tocar-me clandestinamente.
Falar-te! Como uma imortal sem hora.
Saber que nada disto faz sentido.
Nem olhar, nem sentir, nem falar.
São cenas inúteis à deriva
de uma fria mente cansada de sofrer.
Porquê este desejo efémero de te ver?
Este cruel anseio de te sentir?
E este devaneio absurdo de te falar?
Olhar-te! Saber que estás ai.
Sentir-te! A tocar-me clandestinamente.
Falar-te! Como uma imortal sem hora.
Saber que nada disto faz sentido.
Nem olhar, nem sentir, nem falar.
São cenas inúteis à deriva
de uma fria mente cansada de sofrer.
maio 15, 2004
Sinais
Cheguei agora a casa, depois de mais uma reunião do GJM (Grupo de Jovens da Malveira). Como é costume, já há uma data de tempo, as minhas sextas-feiras são passadas assim: a falar sobre "alguém" que marcou a nossa historia e vida.
O tema era qualquer coisa relacionada com o partir do pão e cenas assim, mas começamos a divagar, e entretanto o padre passou pela sala e ficou connosco a falar.
Disse alguém, que Jesus se revelava através de sinais. Sinais, esses, que muitas vezes para os distinguirmos levamos algum tempo, e os proprios discipulos e amigos, levaram também para o reconhecerem. Ficou no ar, que a Igreja, instituição, era hoje um sinal vivo de Jesus. Talvez... Para mim, a Igreja, é toda aquela gente que vai lá, ouvir aquelas palavras que foram ditas à uma quantidade de anos, e que ainda hoje fazem sentido.É ouvir uma pinga de esperança, uma voz que nos faz pensar que a vida pode até ter algum singnificado, por mais que alguma vez pensemos que não tem. Mesmo quem não acredite na vida eterna (eu nao acredito), pode sempre ver naquelas frases, um sentido para andar a viver. São palavras que me fazem pensar que as coisas podem não ser tão absurdas como por vezes me parecem, mas que até têem algum sentido, mesmo que eu não saiba para quê.
Ver milagres hoje em dia é considerado uma coisa absurda. Algo surrealista, convidativo a chamar a TVI, para a reportagem de abertura do Jornal Nacional. Mas se calhar vemos milagres todos os dias e não damos conta disso. Temo que muitas pessoas pensem que milagres é por alguém a ver, alguém a andar...para mim isso é absurdo. Jesus não nos converte com isso, nem qualquer outra religião. Temos é que olhar para o mundo e agir-mos e não ficarmos à espera que as coisas caiam do céu.
Mas é interessante falar de religião. É um tema forte. Principalmente dentro da minha geração onde pouca gente acredita ou finge que acredita nalguma coisa. Também já me passou pela cabeça ser agnostica, ceptica...até budista! E também já disse que não acreditava em Jesus, como não acredito na vida eterna. Mas às vezes é mais fácil pensar que acreditamos nalguma coisa, assim completamos a nossa grande falha, talvez aquela que ninguém pode isolar, não sabermos o que virá depois disto. O que será o depois.
Torna-se mais facil crer nalguma coisa e talvez mentir e não ter a noção que a vida é somente esta e que não há continuação. Torna-se duro e pensamos o porquê deste esforço todo, desta luta diaria que nos atormenta, deste conflito interno à roda das nossas opções e de tudo.
Talvez por isso, os sinais são mais do que milagres. São chegarmos a casa e sabermos que alguém nos ama. É sairmos com alguém e sentirmo-nos bem. É estar em comunhão com tudo o que nos rodeia e sentirmos que realmente pertencemos ali ou a alguém.
Ou é não sentir nada...
Cada um sabe de si e....
O tema era qualquer coisa relacionada com o partir do pão e cenas assim, mas começamos a divagar, e entretanto o padre passou pela sala e ficou connosco a falar.
Disse alguém, que Jesus se revelava através de sinais. Sinais, esses, que muitas vezes para os distinguirmos levamos algum tempo, e os proprios discipulos e amigos, levaram também para o reconhecerem. Ficou no ar, que a Igreja, instituição, era hoje um sinal vivo de Jesus. Talvez... Para mim, a Igreja, é toda aquela gente que vai lá, ouvir aquelas palavras que foram ditas à uma quantidade de anos, e que ainda hoje fazem sentido.É ouvir uma pinga de esperança, uma voz que nos faz pensar que a vida pode até ter algum singnificado, por mais que alguma vez pensemos que não tem. Mesmo quem não acredite na vida eterna (eu nao acredito), pode sempre ver naquelas frases, um sentido para andar a viver. São palavras que me fazem pensar que as coisas podem não ser tão absurdas como por vezes me parecem, mas que até têem algum sentido, mesmo que eu não saiba para quê.
Ver milagres hoje em dia é considerado uma coisa absurda. Algo surrealista, convidativo a chamar a TVI, para a reportagem de abertura do Jornal Nacional. Mas se calhar vemos milagres todos os dias e não damos conta disso. Temo que muitas pessoas pensem que milagres é por alguém a ver, alguém a andar...para mim isso é absurdo. Jesus não nos converte com isso, nem qualquer outra religião. Temos é que olhar para o mundo e agir-mos e não ficarmos à espera que as coisas caiam do céu.
Mas é interessante falar de religião. É um tema forte. Principalmente dentro da minha geração onde pouca gente acredita ou finge que acredita nalguma coisa. Também já me passou pela cabeça ser agnostica, ceptica...até budista! E também já disse que não acreditava em Jesus, como não acredito na vida eterna. Mas às vezes é mais fácil pensar que acreditamos nalguma coisa, assim completamos a nossa grande falha, talvez aquela que ninguém pode isolar, não sabermos o que virá depois disto. O que será o depois.
Torna-se mais facil crer nalguma coisa e talvez mentir e não ter a noção que a vida é somente esta e que não há continuação. Torna-se duro e pensamos o porquê deste esforço todo, desta luta diaria que nos atormenta, deste conflito interno à roda das nossas opções e de tudo.
Talvez por isso, os sinais são mais do que milagres. São chegarmos a casa e sabermos que alguém nos ama. É sairmos com alguém e sentirmo-nos bem. É estar em comunhão com tudo o que nos rodeia e sentirmos que realmente pertencemos ali ou a alguém.
Ou é não sentir nada...
Cada um sabe de si e....
maio 11, 2004
Ridicularidades
Veio hoje no Publico, um artigo sobre a guerra no Iraque e a divisão de opiniões no seio da própria estrutura militar e politica dos EUA.
Diz um senhor: "aqui estou eu, 30 anos depois, a pensar que vamos vencer todas as batalhas e perder a guerra, porque não compreendemos a guerra em que estamos metidos".
Diz outro senhor, que as "tropas americanas deveriam sair o mais rapidamente possivel, mas antes é necessario ir à ONU com humildade e pedir apoio aos europeus e membros da organização".
Assim se vê que há um "consenso". Todos têm respostas e teorias. Ninguém sabe a verdade, mas a realidade está debaixo dos nossos olhos.
Este discurso faz-me lembrar, uma conversa que eu tive com o meu pai, onde disse que a invasão dos EUA no Iraque, foi uma antêntica palhaçada e que me fez lembrar as Invasões Napoleónicas, onde o objectivo principal era alcançar a "capital" e declarar a vitória! Vitória de quê? De quem?
A morte do tirano, a decapitação do rei, a revoluçao do sistema, são tudo coisas que já se viu. Que já fazem parte da História.
Acho piada, aos sacanos dos americanos,de terem a mania que podem e que fazem tudo. Mas então, porque não fazem? Têm medo? Não andam a matar tanta gente? Se calhar repetir-se Hiroshima era mais fácil e mais radical...não? Têm receio de quê? Das sanções de crimes contra os Dtos Humanos? Dos efeitos nocivos para a saude mundial?
Acho ridiculo a suma preocupação da aparência. Supostamente, na guerra vale tudo. Se querem acabar, usem o que têm. Ou é melhor não? Porque não se corta o mal pela raiz? Ah?
Porque o solo fica contaminado? Porque as próximas gerações irão nascer deficientes? Porquê não se usa aquilo que têm?
Se querem acabar de uma vez por todas com todo o Eixo do Mal, bolas, matem os palhaços que saem à rua. Façam tiro ao alvo. NAO! É melhor não.
Vamos deixar continuar esta guerra de aparências e preocuparmo-nos em esconder aquilo que se passa no nosso pais, nas nossas instituições, com os nossos cidadãos. Vamos esconder que temos armamento para mandar o mundo à vida, para acabar com os terroristas, pois a ONU cai-nos em cima. Mas nós invadimos o Iraque sozinhos...somos os melhores! Podemos fazer o que queremos! Temos os McDonals e vestimos o 40. Temos o Bush. Temos o Pentãgono. Temos um sistema democratississimo! Temos demasiadas coisas ridiculas e não temos bom senso. Somos mesmo bons!
Diz um senhor: "aqui estou eu, 30 anos depois, a pensar que vamos vencer todas as batalhas e perder a guerra, porque não compreendemos a guerra em que estamos metidos".
Diz outro senhor, que as "tropas americanas deveriam sair o mais rapidamente possivel, mas antes é necessario ir à ONU com humildade e pedir apoio aos europeus e membros da organização".
Assim se vê que há um "consenso". Todos têm respostas e teorias. Ninguém sabe a verdade, mas a realidade está debaixo dos nossos olhos.
Este discurso faz-me lembrar, uma conversa que eu tive com o meu pai, onde disse que a invasão dos EUA no Iraque, foi uma antêntica palhaçada e que me fez lembrar as Invasões Napoleónicas, onde o objectivo principal era alcançar a "capital" e declarar a vitória! Vitória de quê? De quem?
A morte do tirano, a decapitação do rei, a revoluçao do sistema, são tudo coisas que já se viu. Que já fazem parte da História.
Acho piada, aos sacanos dos americanos,de terem a mania que podem e que fazem tudo. Mas então, porque não fazem? Têm medo? Não andam a matar tanta gente? Se calhar repetir-se Hiroshima era mais fácil e mais radical...não? Têm receio de quê? Das sanções de crimes contra os Dtos Humanos? Dos efeitos nocivos para a saude mundial?
Acho ridiculo a suma preocupação da aparência. Supostamente, na guerra vale tudo. Se querem acabar, usem o que têm. Ou é melhor não? Porque não se corta o mal pela raiz? Ah?
Porque o solo fica contaminado? Porque as próximas gerações irão nascer deficientes? Porquê não se usa aquilo que têm?
Se querem acabar de uma vez por todas com todo o Eixo do Mal, bolas, matem os palhaços que saem à rua. Façam tiro ao alvo. NAO! É melhor não.
Vamos deixar continuar esta guerra de aparências e preocuparmo-nos em esconder aquilo que se passa no nosso pais, nas nossas instituições, com os nossos cidadãos. Vamos esconder que temos armamento para mandar o mundo à vida, para acabar com os terroristas, pois a ONU cai-nos em cima. Mas nós invadimos o Iraque sozinhos...somos os melhores! Podemos fazer o que queremos! Temos os McDonals e vestimos o 40. Temos o Bush. Temos o Pentãgono. Temos um sistema democratississimo! Temos demasiadas coisas ridiculas e não temos bom senso. Somos mesmo bons!
maio 06, 2004
Ando a ler "O homem e o rio" de Faulkner.
Ando a imaginar a realidade dos prisioneiros dos nos EUA.
Ando a sonhar que um dia os nossos presos terão condições melhores.
Ando a lutar para que a Justiça seja encarada de outra forma.
Ando a divagar pelo mundo na esperança ignobil de encontrar um caminho.
Ando por ai... a viver...
Ando a imaginar a realidade dos prisioneiros dos nos EUA.
Ando a sonhar que um dia os nossos presos terão condições melhores.
Ando a lutar para que a Justiça seja encarada de outra forma.
Ando a divagar pelo mundo na esperança ignobil de encontrar um caminho.
Ando por ai... a viver...
Subscrever:
Mensagens (Atom)