Nunca fui muito dada a escrever poemas, mas no outro dia apeteceu-me. Não ficou grande coisa, mas mesmo assim, gosto dele.
Porquê este desejo efémero de te ver?
Este cruel anseio de te sentir?
E este devaneio absurdo de te falar?
Olhar-te! Saber que estás ai.
Sentir-te! A tocar-me clandestinamente.
Falar-te! Como uma imortal sem hora.
Saber que nada disto faz sentido.
Nem olhar, nem sentir, nem falar.
São cenas inúteis à deriva
de uma fria mente cansada de sofrer.
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
maio 16, 2004
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1 comentário:
Há dias em que tudo parece cinzento.
Em que a neblina desce atrelando a saudade.
Tardes que com o vento todas e apenas elas têm movimento na rua, as folhas.
Rodopiam, giram, mexem-se e voam! O frio é para elas encanto, o vento, vida.
O abanar das verdes folhas nas árvores, acordam-me. A Chuva bate na janela como se fosse o sopro que me leva.
Poucas são as que se mantêm jovens, saudáveis, alegres, as folhas.
Encantam-me as caídas no chão que me transportam para uma idealização de Outono, só minha, em pensamento.
Jamais será a ideia que criei, apenas algo que imagino semelhantemente de forma constante.
É apenas um eventual passeio nos jardins mentais que me distraiem de outros pensamentos.
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