Fim (dias que passam)
Porque será que nós ainda nos damos ao trabalho de rebuscar o passado, na esperança ignóbil de ficarmos um pouco mais miseráveis do que aquilo que somos ou estamos?! Para quê associar musicas, filmes, actos a pessoas, momentos tristes, ou outras situações menos agradáveis... Não é certo que tudo o que é triste é suposto ser esquecido?! Então porquê esta necessidade masoquista... .
"O tempo tudo destroi", acho.Do teu lado, do meu lado, de lado nenhum... Não vale apena atribuir culpas, uma vez que nada há para mostrar, nem nada de mal foi feito que não tivesse sido perdoado.
Como este texto não é de minha autoria, fica apenas como uma pequena introdução à música que se segue.
- Fim (dias que passam) -
Neste infinito fim que nos alcançou
guardo uma lágrima vinda do fundo
guardo um sorriso virado para o mundo
guardo um sonho que nunca chegou
Na minha casa de paredes caídas
penduro espelhos cor de prata
guardo reflexos do canto que mata
guardo uma arca de rimas perdidas
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...
No mundo onde tudo parece estar certo
guardo os defeitos que me atam ao chão
guardo muralhas feitas de cartão
guardo um olhar que parecia tão perto
Para o país do esquecer o nunca nascido
levo a espada e a armadura de ferro
levo o escudo e o cavalo negro
levo-te a ti... levo-te a ti para sempre comigo...
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi.
Falo ao mar do que nunca perdi.
Toranja
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
fevereiro 29, 2004
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