Hello my love
It's getting cold on this island
I'm sad alone
I'm so sad on my own
The truth is
We were much too young
Now I'm looking for you
Or anyone like you
We said goodbye
With the smile on our faces
Now you're alone
You're so sad on your own
The truth is
We run out of time
Now you’re looking for me
Or anyone like me
Na na na na…
Hello my love
It's getting cold on this island
I'm sad alone
I'm so sad on my own
The truth is
We were much too young
Now I'm looking for you
Or anyone like you
Koop
Uma travessia...por vezes fácil, outras vezes difícil. Um deserto, onde se tenta desesperadamente encontrar um oásis para ai permanecer, pelo menos na triste ilusão de ser feliz.
dezembro 07, 2008
outubro 28, 2008
Clandestino - Deolinda
a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava
a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava
ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso
e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino
com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava
e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...
e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino
e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava
a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava
ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso
e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino
com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava
e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...
e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino
e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino
outubro 20, 2008
Dance me to the end of love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Leonard Cohen
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Leonard Cohen
agosto 28, 2008
Meia-Dúzia - Carlos Paião
Meia-dúzia
é uma soma macambúzia
Foi um drama exsofismável
Um romance inorvidavél
P'ra fazer uma cantiga.
São mais ovos que barriga,custa tanto!
No entanto...
Meia-dúzia,
Fui sair co'uma medúzia,
Fomos comer carcanhois,
Pevedinhas e tremóis,
Regadinhos com tintóis,
Que não vou em futebóis
E isso tudo...
Contudo...
Meia-dúzia
Também foi o amor
Sempre devastador,
Altêntico,incrível
Sincero,insincível
Sintimento bom
Que me deu em refrom.
Meia dúzia, meia dúzia,
meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia
Porque à dúzia é mais baracto.
Ela pediu-me:hás-de compor uma canção
Chamada "meia-dúzia",
E eu...compuzi-a.
Portanto eu, quer dizer,portanto com as
fúzias, semifuzias, e as parafuzias
Eu sou um espertalhão das meias dúzias, ahahah...
Meia dúzia, eu gramava a tua bluzia,
E os teus olhos lá c´o rimél, eras quase inverozimel,
Também intelectual, coltivada em alto grau,
Falavas bem.
Porém, meia dúzia,
Não sei o que é a hipotenusia
Nem isso de estratosferia, nunca soube essa matéria,
Nem quero saber lá disso,
É melhor pão com chouriço e haja alegria.
Todavia, meia dúzia,
Também foram seis, esses contos de reis
Que eu cá gastei contigo, e assim por castigo,
Mulher por quem seis, mais não me fazeis!
Meia dúzia, meia dúzia,
Meia dúzia, meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia,
Porque à dúzia é de facto mais baracto.
Ela pediu-me hás-de compor uma canção chamada
meia-dúzia,
E eu, compuzi-a.
Meia dúzia, ou meduzia ou meia dúvida ou lá qué é isso.
Ahh não, não meia dúvida não,
Porque certezas não pegam dúvidas.
Apanhei-te em flagrante delitro, ca garrafa d´augardente,
Para ti o prometido é de vidro, quebras-o facelmente.
Podes ir passear, pa jantar com qualquer inocente,
Descalça, que eu fico no mundo patudo,
Calço o quarenta e seis, despeitosamente.
Disseste, quero o teu pé-de-meia,
E eu pedi, meia...
...Dúzia(Meia-dúzia)
Meia dúzia, meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia
Porque á dúzia é mais em conta.
Ela dizeu-me se fizeres essa canção, vais ser digno de
grandes incómios,
E eu, comi-os.
Ta bém pronto, não vão ficar agora esses carcanhóizitos no pires,
Aliás eu comi os carcanhois praticamente todos,
Quer dizer comi os que tavam no prato,
Não os comi travessicamente todos,
Porque os da travessa eram muito travessos.
Ihihih.
Eu tou neste estado desploravél derivado a ela, ah
Eu vou mas é para a praia tomar banhos de sol,
É bom para queimar as pulgas e etc..
O quê? O quê? já acabou?
Ah pois...
é uma soma macambúzia
Foi um drama exsofismável
Um romance inorvidavél
P'ra fazer uma cantiga.
São mais ovos que barriga,custa tanto!
No entanto...
Meia-dúzia,
Fui sair co'uma medúzia,
Fomos comer carcanhois,
Pevedinhas e tremóis,
Regadinhos com tintóis,
Que não vou em futebóis
E isso tudo...
Contudo...
Meia-dúzia
Também foi o amor
Sempre devastador,
Altêntico,incrível
Sincero,insincível
Sintimento bom
Que me deu em refrom.
Meia dúzia, meia dúzia,
meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia
Porque à dúzia é mais baracto.
Ela pediu-me:hás-de compor uma canção
Chamada "meia-dúzia",
E eu...compuzi-a.
Portanto eu, quer dizer,portanto com as
fúzias, semifuzias, e as parafuzias
Eu sou um espertalhão das meias dúzias, ahahah...
Meia dúzia, eu gramava a tua bluzia,
E os teus olhos lá c´o rimél, eras quase inverozimel,
Também intelectual, coltivada em alto grau,
Falavas bem.
Porém, meia dúzia,
Não sei o que é a hipotenusia
Nem isso de estratosferia, nunca soube essa matéria,
Nem quero saber lá disso,
É melhor pão com chouriço e haja alegria.
Todavia, meia dúzia,
Também foram seis, esses contos de reis
Que eu cá gastei contigo, e assim por castigo,
Mulher por quem seis, mais não me fazeis!
Meia dúzia, meia dúzia,
Meia dúzia, meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia,
Porque à dúzia é de facto mais baracto.
Ela pediu-me hás-de compor uma canção chamada
meia-dúzia,
E eu, compuzi-a.
Meia dúzia, ou meduzia ou meia dúvida ou lá qué é isso.
Ahh não, não meia dúvida não,
Porque certezas não pegam dúvidas.
Apanhei-te em flagrante delitro, ca garrafa d´augardente,
Para ti o prometido é de vidro, quebras-o facelmente.
Podes ir passear, pa jantar com qualquer inocente,
Descalça, que eu fico no mundo patudo,
Calço o quarenta e seis, despeitosamente.
Disseste, quero o teu pé-de-meia,
E eu pedi, meia...
...Dúzia(Meia-dúzia)
Meia dúzia, meia-idade mais impacto.
Meia dúzia, meia dúzia
Porque á dúzia é mais em conta.
Ela dizeu-me se fizeres essa canção, vais ser digno de
grandes incómios,
E eu, comi-os.
Ta bém pronto, não vão ficar agora esses carcanhóizitos no pires,
Aliás eu comi os carcanhois praticamente todos,
Quer dizer comi os que tavam no prato,
Não os comi travessicamente todos,
Porque os da travessa eram muito travessos.
Ihihih.
Eu tou neste estado desploravél derivado a ela, ah
Eu vou mas é para a praia tomar banhos de sol,
É bom para queimar as pulgas e etc..
O quê? O quê? já acabou?
Ah pois...
agosto 26, 2008
Sonho
Encontra-se num semi-paraíso que plantou sem querer, mas demasiado carente e frágil para sequer se aperceber de que está feliz. Vive incessantemente cada segundo, à espera que a calma e o equilíbrio sejam perturbados, sempre à escuta de alguém que lhe diga que esse sonho é só mesmo "um sonho bom".
Não sabe agradecer e muito provavelmente, nem irá dizer-lhe nunca, que ele a tirou daquela torre onde ela vivia sozinha. Nunca lhe irá dizer que os contos de fada existem e que o seu princípe apareceu. Não lhe contará os segredos mais densos de infelicidade e tudo o que a fez chorar. Não sabe se alguma vez conseguirá dizer-lhe o que os olhos dele fazem quando ela o vê.
Todos os dias a menina acorda a sonhar. Sonha que vai beijá-lo. Que um abraço será meigo. Sonha que ouvir "gosto de ti" não é só um sonho.
E sonha. Sonha para que o sonho não seja um simples sonho e seja mais do que isso. Sonha para que o sonho que não é um sonho, seja um não sonho de sonho!
Não sabe agradecer e muito provavelmente, nem irá dizer-lhe nunca, que ele a tirou daquela torre onde ela vivia sozinha. Nunca lhe irá dizer que os contos de fada existem e que o seu princípe apareceu. Não lhe contará os segredos mais densos de infelicidade e tudo o que a fez chorar. Não sabe se alguma vez conseguirá dizer-lhe o que os olhos dele fazem quando ela o vê.
Todos os dias a menina acorda a sonhar. Sonha que vai beijá-lo. Que um abraço será meigo. Sonha que ouvir "gosto de ti" não é só um sonho.
E sonha. Sonha para que o sonho não seja um simples sonho e seja mais do que isso. Sonha para que o sonho que não é um sonho, seja um não sonho de sonho!
julho 30, 2008
Dizem uns velhos por aí que já ninguém fala a sério, que toda a gente finge a verdade, que já não há comoção por uma lágrima e que não se olha a dizer que se ama!
Há uma mistura de sentimentos tão cruéis e podres, que se perde a fé e não se procura ou deixamos de investigar e tentar descobrir, alguém que nos possa completar e nos deixe sem pensar os segundos suficientes para se ser completo.
Aquilo que eu te digo, tudo o que faço, todas as atitudes que tenho, sou eu no meu estado mais puro, sem reservas, sem muralhas, frágil e insegura, usando todas as minhas armas de nada, para que me conquistes e eu me deixe ser derrotada.
Há uma mistura de sentimentos tão cruéis e podres, que se perde a fé e não se procura ou deixamos de investigar e tentar descobrir, alguém que nos possa completar e nos deixe sem pensar os segundos suficientes para se ser completo.
Aquilo que eu te digo, tudo o que faço, todas as atitudes que tenho, sou eu no meu estado mais puro, sem reservas, sem muralhas, frágil e insegura, usando todas as minhas armas de nada, para que me conquistes e eu me deixe ser derrotada.
julho 26, 2008
a ferida
Durante a nossa existência fazemos tantas feridas, e demoramos tanto tempo a curá-las e a sará-las, a tratar delas para não nos deixarem mais marcas do que a simples recordação de que existiram, que muitas vezes, quando pensamos que a cicatriz já não se abre, ela rompe com uma seriedade vingativa e tudo volta a doer.
É esta a mais verdadeira metáfora que eu para sempre usarei para nós. És a minha cicatriz aberta, que ora fecha, ora abre, mesmo levando pontos, mesmo sendo desinfectada; sempre à espera de uma oportunidade, para me recordar que cá estás e que fazes parte de quem eu sou.
É esta a mais verdadeira metáfora que eu para sempre usarei para nós. És a minha cicatriz aberta, que ora fecha, ora abre, mesmo levando pontos, mesmo sendo desinfectada; sempre à espera de uma oportunidade, para me recordar que cá estás e que fazes parte de quem eu sou.
julho 20, 2008
In My Secret Life
I saw you this morning.
You were moving so fast.
Can’t seem to loosen my grip
On the past.
And I miss you so much.
There’s no one in sight.
And we’re still making love
In My Secret Life.
I smile when I’m angry.
I cheat and I lie.
I do what I have to do
To get by.
But I know what is wrong,
And I know what is right.
And I’d die for the truth
In My Secret Life.
Hold on, hold on, my brother.
My sister, hold on tight.
I finally got my orders.
I’ll be marching through the morning,
Marching through the night,
Moving cross the borders
Of My Secret Life.
Looked through the paper.
Makes you want to cry.
Nobody cares if the people
Live or die.
And the dealer wants you thinking
That it’s either black or white.
Thank G-d it’s not that simple
In My Secret Life.
I bite my lip.
I buy what I’m told:
From the latest hit,
To the wisdom of old.
But I’m always alone.
And my heart is like ice.
And it’s crowded and cold
In My Secret Life.
Leonard Cohen
You were moving so fast.
Can’t seem to loosen my grip
On the past.
And I miss you so much.
There’s no one in sight.
And we’re still making love
In My Secret Life.
I smile when I’m angry.
I cheat and I lie.
I do what I have to do
To get by.
But I know what is wrong,
And I know what is right.
And I’d die for the truth
In My Secret Life.
Hold on, hold on, my brother.
My sister, hold on tight.
I finally got my orders.
I’ll be marching through the morning,
Marching through the night,
Moving cross the borders
Of My Secret Life.
Looked through the paper.
Makes you want to cry.
Nobody cares if the people
Live or die.
And the dealer wants you thinking
That it’s either black or white.
Thank G-d it’s not that simple
In My Secret Life.
I bite my lip.
I buy what I’m told:
From the latest hit,
To the wisdom of old.
But I’m always alone.
And my heart is like ice.
And it’s crowded and cold
In My Secret Life.
Leonard Cohen
julho 15, 2008
Divagações de uma menina apaixonada
Não sei onde estou nem o que faço, muito menos o que digo ou do que rio.
Não faço ideia de pensar nem sequer de odiar mais ninguém.
O mundo passa pelo caminho e as horas depressa demais, mesmo eu indo devagar ou com pressa para te ir buscar.
A idade é louca e mais sapiente eu fico, quando me olhas e eu em ti me sinto.
Não vejo o tempo a cair e o dia a escurecer, só olho para os dias até te voltar a ver.
As pessoas passam pela vida e eu fico presa até ao dia de estremecer.
Tão fugaz é o que não sinto e guardo com afinco todo o meu ser, só pelo prazer de saber o que um dia te vou dizer.
Não faço ideia de pensar nem sequer de odiar mais ninguém.
O mundo passa pelo caminho e as horas depressa demais, mesmo eu indo devagar ou com pressa para te ir buscar.
A idade é louca e mais sapiente eu fico, quando me olhas e eu em ti me sinto.
Não vejo o tempo a cair e o dia a escurecer, só olho para os dias até te voltar a ver.
As pessoas passam pela vida e eu fico presa até ao dia de estremecer.
Tão fugaz é o que não sinto e guardo com afinco todo o meu ser, só pelo prazer de saber o que um dia te vou dizer.
julho 14, 2008
Ninguém é quem queria ser
somos a fachada de uma coisa morta
a vida como que a bater à nossa porta
quando formos velhos, se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia espera pelo vento
ele dá-te a direcção
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
a idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer?
faltará dinheiro, faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido
não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver;
ninguém é quem queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
Foge Foge Bandido - Ninguém é quem queria ser
a vida como que a bater à nossa porta
quando formos velhos, se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia espera pelo vento
ele dá-te a direcção
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
a idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer?
faltará dinheiro, faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido
não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver;
ninguém é quem queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém
Foge Foge Bandido - Ninguém é quem queria ser
julho 12, 2008
Um dia
Todos os dias o autocarro passava por aquele sinal, atafulhado de gente, com sono, a bocejar, a querer dormir, a desejar mais meia hora na cama, a pensar que dormiu mal, a esquecer-se de ter dado um beijo ao filho que foi para a escola.
Não havia dia em que houvesse um café aberto de madrugada onde tomar um café duplo, para aguentar uma manhã com telefones, e reuniões, e computadores e projectos.
Não havia nada que não estivesse pronto de manhã.
Eu não estava.
Nunca estive pronta de manhã. Nunca queria levantar cedo, nem lavar os dentes nem tomar banho. Sempre acordei a não querer e a ficar com saudades dos lençois,do conforto da minha cama e da janela por onde vejo o mundo deste meu ponto de vista.
Um dia acordei e resolvi ficar. Decidi deixar de fazer o que tinha sempre feito e ser mesmo eu a querer viver e não alguém a decidir por mim o que eu devia fazer.
Abri os olhos e o mundo teve uma cor diferente dos outros dias. Diferente de tudo o que tinha visto até hoje e as formas que se tinham tornado monótonas, transformaram-se em coisas simples mas abstractas. E isso libertou-me e fascinou-me.
Vesti o que tinha na cadeira, sem pressa, não me penteei nem pus perfume. Olhei para o espelho e gostei do reflexo que vi.
E pensei: "se eu gosto de mim assim, sem vaidade e mentira, alguém também pode gostar".
Peguei na mala, no telemóvel e fui-te buscar!
Não havia dia em que houvesse um café aberto de madrugada onde tomar um café duplo, para aguentar uma manhã com telefones, e reuniões, e computadores e projectos.
Não havia nada que não estivesse pronto de manhã.
Eu não estava.
Nunca estive pronta de manhã. Nunca queria levantar cedo, nem lavar os dentes nem tomar banho. Sempre acordei a não querer e a ficar com saudades dos lençois,do conforto da minha cama e da janela por onde vejo o mundo deste meu ponto de vista.
Um dia acordei e resolvi ficar. Decidi deixar de fazer o que tinha sempre feito e ser mesmo eu a querer viver e não alguém a decidir por mim o que eu devia fazer.
Abri os olhos e o mundo teve uma cor diferente dos outros dias. Diferente de tudo o que tinha visto até hoje e as formas que se tinham tornado monótonas, transformaram-se em coisas simples mas abstractas. E isso libertou-me e fascinou-me.
Vesti o que tinha na cadeira, sem pressa, não me penteei nem pus perfume. Olhei para o espelho e gostei do reflexo que vi.
E pensei: "se eu gosto de mim assim, sem vaidade e mentira, alguém também pode gostar".
Peguei na mala, no telemóvel e fui-te buscar!
Tears Don´t Fall
Let's go!!!
With blood shot eyes I watch you sleeping
The warmth I feel beside me is slowly fading
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me, if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better?
Your tears don't fall they crash around me,
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me,
Her concious calls the guilty to come home
The moments died, I hear no screamin,
The visions left inside me are slowly fading
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
OH!... YEAH!!
This battered room I've seen before
The broken bones they heal no more, no more
With my last breath I'm choking
Will this ever end I'm hoping
My world is over one more time!
LET'S GO!
[Guitar solo]
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me, if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better?
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come...
Better!!!
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Bullet For My Valentine
With blood shot eyes I watch you sleeping
The warmth I feel beside me is slowly fading
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me, if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better?
Your tears don't fall they crash around me,
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me,
Her concious calls the guilty to come home
The moments died, I hear no screamin,
The visions left inside me are slowly fading
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
OH!... YEAH!!
This battered room I've seen before
The broken bones they heal no more, no more
With my last breath I'm choking
Will this ever end I'm hoping
My world is over one more time!
LET'S GO!
[Guitar solo]
Would she hear me if I called her name?
Would she hold me, if she knew my shame?
There's always something different going wrong
The path I walk is in the wrong direction
There's always someone fuckin hanging on
Can anybody help me make things better?
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come...
Better!!!
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Your tears don't fall they crash around me
Her concious calls the guilty to come home
Bullet For My Valentine
julho 10, 2008
My lovemaking is revolutionary...
Depois de ter ido a um link muito engraçado em que me deram um passaporte sobre a minha nacionalidade sexual, aqui fica, o que à primeira tentativa me calhou (porque é a mais verdadeira, possivelmente):
"It will inspire others to stage their own sexual revolutions for generations to come! You´re a Czar in the bedroom! Merely satisfying your partner will never be enough for you...must conquer them completely. This has probably got a lot to do with the fact that you are no stranger to oil...even the type that is crude."
E pronto...sou russa!
http://www.areyoubritishinbed.co.uk/flash/
"It will inspire others to stage their own sexual revolutions for generations to come! You´re a Czar in the bedroom! Merely satisfying your partner will never be enough for you...must conquer them completely. This has probably got a lot to do with the fact that you are no stranger to oil...even the type that is crude."
E pronto...sou russa!
http://www.areyoubritishinbed.co.uk/flash/
renascer
Provocaste um sorriso escondido que já não se sentia há tanto tempo, que a alma inanimada pelo sofrer, não reconheceu uma nova paixão comedida e afectuosa.
O tempo em que trocaste palavras frágeis e sinceras, transformou-se em horas que passam demasiado devagar e a um ritmo desenfreado de saudade até saber de ti novamente. É na espera e na paciência que reencontraste o amor, esse sentimento escasso e fugidio que parecia preso ao sofrimento desmedido da solidão de outros tempos.
Reconheces em ti o ser de outras eras, de outras histórias de livros, de romances de princesas e de filmes de poetas. Desejas este amor puro de interesses, de verdade e de estímulo e com um pouco de ousadia, equilibrada e que aquece tudo.
Deixas que te levem para onde te puderem agarrar e fazer sentir novamente viva a princesa que levas dentro de ti, pendurada num baloiço de madeira, desejosa que a empurrem, sem medo de soltar as mãos e pular no chão maciço que são as tuas palavras.
O tempo em que trocaste palavras frágeis e sinceras, transformou-se em horas que passam demasiado devagar e a um ritmo desenfreado de saudade até saber de ti novamente. É na espera e na paciência que reencontraste o amor, esse sentimento escasso e fugidio que parecia preso ao sofrimento desmedido da solidão de outros tempos.
Reconheces em ti o ser de outras eras, de outras histórias de livros, de romances de princesas e de filmes de poetas. Desejas este amor puro de interesses, de verdade e de estímulo e com um pouco de ousadia, equilibrada e que aquece tudo.
Deixas que te levem para onde te puderem agarrar e fazer sentir novamente viva a princesa que levas dentro de ti, pendurada num baloiço de madeira, desejosa que a empurrem, sem medo de soltar as mãos e pular no chão maciço que são as tuas palavras.
julho 08, 2008
O desconhecido
No desconhecido prazer da escuridão encontraste-me a vaguear.
Amedrontaste-me com a tua compaixão e eu cedi-te o meu ser, sem mais reflexos do que o simples medo de viver.
Fixaste em mim as tuas palavras ternas e com o teu pouco saber, definiste o meu caminho torto, que se endireitou para se guiar pelo teu, na ousadia de um renascer, como a criança perdida que encontrou o regresso ao lar.
Despertaste o que eu já não acreditava, o desejo de viver, de voltar a ter frio em noites de calor, o sabor amargo da saudade, o refilar por não te encontrar, o sofrimento de ter que dizer adeus.
Sem desconfiares, confortaste e secaste as minhas lágrimas, redesenhaste o meu rosto mas eu nunca vi o teu. Escondeste-te por detrás de paredes de ausência e eu deixei-te permitir a fugacidade de mais um amor dos meus.
O desejo que redescobri satisfaz todas as minhas exigências e a minha alma agradece a todo o instante, aquele dia em que não nos cruzamos, mas o dia em que eu voltei a sentir!
Amedrontaste-me com a tua compaixão e eu cedi-te o meu ser, sem mais reflexos do que o simples medo de viver.
Fixaste em mim as tuas palavras ternas e com o teu pouco saber, definiste o meu caminho torto, que se endireitou para se guiar pelo teu, na ousadia de um renascer, como a criança perdida que encontrou o regresso ao lar.
Despertaste o que eu já não acreditava, o desejo de viver, de voltar a ter frio em noites de calor, o sabor amargo da saudade, o refilar por não te encontrar, o sofrimento de ter que dizer adeus.
Sem desconfiares, confortaste e secaste as minhas lágrimas, redesenhaste o meu rosto mas eu nunca vi o teu. Escondeste-te por detrás de paredes de ausência e eu deixei-te permitir a fugacidade de mais um amor dos meus.
O desejo que redescobri satisfaz todas as minhas exigências e a minha alma agradece a todo o instante, aquele dia em que não nos cruzamos, mas o dia em que eu voltei a sentir!
É Tão Bom
"Vale a pena ver
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé desembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi
o que quis ver afinal
É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem em quer assim
É bom pra mim e é bom pra quem tão bem me que
Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e o mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar"
Sérgio Godinho
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé desembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi
o que quis ver afinal
É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem em quer assim
É bom pra mim e é bom pra quem tão bem me que
Vale a pena ver
o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo
às mil maravilhas
na terra as montanhas e o mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar"
Sérgio Godinho
junho 02, 2008
New Soul
I'm a new soul I came to this strange world hoping
I could learn a bit 'bout how to give and take.
But since I came here felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake
La-la-la-la-la-la-la-la...
I'm a young soul in this very strange world
Hoping I could learn a bit 'bout what is true and fake.
But why all this hate?
Try to communicate finding
Just that love is not always easy to make.
La-la-la-la-la-la-la-la...
This is a happy end cause'
You don't understand
Everything you have done
Why's everything so wrong
This is a happy end
Come and give me your hand
I'll take your far away.
[refrain]:
I'm a new soul
I came to this strange world
Hoping I could learn a bit about how to give and take
But since I came here felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake
New soul...
In this very strange world...
Every possible mistakes
Possible mistakes
Every possible mistakes
Mistakes, mistakes, mistakes...
New Soul - Yael Naim
Uma música que já tinha ouvido há muito na rádio.
Talvez uma das músicas que traduz de forma muito clara o meu modo de ver este mundo mesmo muito estranho!
I could learn a bit 'bout how to give and take.
But since I came here felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake
La-la-la-la-la-la-la-la...
I'm a young soul in this very strange world
Hoping I could learn a bit 'bout what is true and fake.
But why all this hate?
Try to communicate finding
Just that love is not always easy to make.
La-la-la-la-la-la-la-la...
This is a happy end cause'
You don't understand
Everything you have done
Why's everything so wrong
This is a happy end
Come and give me your hand
I'll take your far away.
[refrain]:
I'm a new soul
I came to this strange world
Hoping I could learn a bit about how to give and take
But since I came here felt the joy and the fear
Finding myself making every possible mistake
New soul...
In this very strange world...
Every possible mistakes
Possible mistakes
Every possible mistakes
Mistakes, mistakes, mistakes...
New Soul - Yael Naim
Uma música que já tinha ouvido há muito na rádio.
Talvez uma das músicas que traduz de forma muito clara o meu modo de ver este mundo mesmo muito estranho!
maio 06, 2008
Going to a town
I'm going to a town that has already been burned down
I'm going to a place that has already been disgraced
I'm gonna see some folks who have already been let down
I'm so tired of America
I'm gonna make it up for all of the Sunday times
I'm gonna make it up for all of the nursery rhymes
They never really seem to want to tell the truth
I'm so tired of you, America
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I got a life to lead, America
I got a life to lead
Tell me,
Do you really think you go to hell for having love?
Tell me,
And laugh at thinking everything that you've done is good?
I really need to know
After soaking the body of Jesus Christ in blood
I'm so tired of America
I really need to know
I may just never see you again
Or might as well
You took advantage of a world that loved you well
I'm going to a town that has already been burned down
I'm so tired of you, America
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I got a life to lead, America
I got a life to lead
I got a soul to feed
I got a dream to need
And that's all I need
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I'm going to a town that has already been burned down
Rufus Wainwright
I'm going to a place that has already been disgraced
I'm gonna see some folks who have already been let down
I'm so tired of America
I'm gonna make it up for all of the Sunday times
I'm gonna make it up for all of the nursery rhymes
They never really seem to want to tell the truth
I'm so tired of you, America
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I got a life to lead, America
I got a life to lead
Tell me,
Do you really think you go to hell for having love?
Tell me,
And laugh at thinking everything that you've done is good?
I really need to know
After soaking the body of Jesus Christ in blood
I'm so tired of America
I really need to know
I may just never see you again
Or might as well
You took advantage of a world that loved you well
I'm going to a town that has already been burned down
I'm so tired of you, America
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I got a life to lead, America
I got a life to lead
I got a soul to feed
I got a dream to need
And that's all I need
Making my own way home
Ain't gonna be alone
I'm going to a town that has already been burned down
Rufus Wainwright
maio 01, 2008
A casa
A linha ténue que separa o infinito do eterno, resume-se ao despertar de um curto momento, no espaço da mais reservada criatura conhecida.
Resta apenas a sombra do instante mágico em que descansámos nesse minuto, em que trocámos o mundo que fomos e a verdade que queríamos construir.
Já não te vejo deste lugar onde te esperei. Revejo as memórias do que conhecemos, e desespero pelo intervalo de vida em que não ansiarei mais a tua chegada.
A janela da pequena casa de paredes retocadas pelo que sonhámos erguer um dia, deixa passar a brisa que o vento transporta, sempre preso no mesmo sentido de quem não quer esquecer.
Mas eu deixo passar o vento. Abro as portas dessa casa. A minha casa. Não me perco nas divisões que pintei com o brilho do teu olhar. Decorei os cantos vazios com doces lembranças dos projectos refinados que sonhámos, e guardo a loucura da luta pela terra, como um objectivo não cumprido, jamais alcançado, mas confortavelmente recompensado pelo sossego de abrir a porta da casa e não ter medo de sair à rua.
Resta apenas a sombra do instante mágico em que descansámos nesse minuto, em que trocámos o mundo que fomos e a verdade que queríamos construir.
Já não te vejo deste lugar onde te esperei. Revejo as memórias do que conhecemos, e desespero pelo intervalo de vida em que não ansiarei mais a tua chegada.
A janela da pequena casa de paredes retocadas pelo que sonhámos erguer um dia, deixa passar a brisa que o vento transporta, sempre preso no mesmo sentido de quem não quer esquecer.
Mas eu deixo passar o vento. Abro as portas dessa casa. A minha casa. Não me perco nas divisões que pintei com o brilho do teu olhar. Decorei os cantos vazios com doces lembranças dos projectos refinados que sonhámos, e guardo a loucura da luta pela terra, como um objectivo não cumprido, jamais alcançado, mas confortavelmente recompensado pelo sossego de abrir a porta da casa e não ter medo de sair à rua.
abril 28, 2008
Tempo
Dizias ser eterna.
Ser um monstro de redenção.
Um fruto por provar já maduro, em dias de calor de Verão.
Desejavas a alma mais pura, livre de toda a poeira que rodopia pelo teu universo. Aquele lugar de sonhos e esperanças, de magia e de valores que te erguem para o cimo do monte, onde gostas de ser feliz.
O vestido que trazes encosta-se ao teu corpo, mas não te prende os movimentos um pouco mais pesados do que aquilo que desejas, para correr atrás do verde das folhas, de uma Primavera que não vai acabar mais cedo do que o permitido, pelo tempo que lhe deste.
Corres segurando a calma entre os braços, levas em cima dos ombros a paciência de mais uma hora de vida.
Esse relógio que teima em não parar. Que se recusa a regressar no tempo. Aqueles ponteiros que dançam à tua volta, rindo-se de ti, mostrando-te que eles não envelhecem e que te vencem na batalha de mais um dia a acordar.
Ser um monstro de redenção.
Um fruto por provar já maduro, em dias de calor de Verão.
Desejavas a alma mais pura, livre de toda a poeira que rodopia pelo teu universo. Aquele lugar de sonhos e esperanças, de magia e de valores que te erguem para o cimo do monte, onde gostas de ser feliz.
O vestido que trazes encosta-se ao teu corpo, mas não te prende os movimentos um pouco mais pesados do que aquilo que desejas, para correr atrás do verde das folhas, de uma Primavera que não vai acabar mais cedo do que o permitido, pelo tempo que lhe deste.
Corres segurando a calma entre os braços, levas em cima dos ombros a paciência de mais uma hora de vida.
Esse relógio que teima em não parar. Que se recusa a regressar no tempo. Aqueles ponteiros que dançam à tua volta, rindo-se de ti, mostrando-te que eles não envelhecem e que te vencem na batalha de mais um dia a acordar.
abril 22, 2008
Pequenos Romances
Queimei os pequenos romances
da colecção, coração de oiro.
Só restava o nosso,
sabias que não seria duradoiro.
Rodei-me dos teus objectos favoritos,
agora já não me sinto tão culpada.
Organizei o remorso,
não encontrei absolutamente nada.
Um dia é provável que te volte a amar.
Mas espero que nesse dia seja tarde demais.
A Naifa
E assim dou por encerrado um capítulo da minha pequena vida. Não me sinto com mais forças, não me sinto mais frágil. Sinto que o pouco que a experiência me mostrou, é nos pequenos momentos de felicidade, que a felicidade existe. E assim posso dizer que já fui muito feliz e usar essa arma pequena e inútil para gritar ao mundo: SOU FELIZ!
Com nada.
Com pouco.
Sozinha.
Independente.
Pequena.
da colecção, coração de oiro.
Só restava o nosso,
sabias que não seria duradoiro.
Rodei-me dos teus objectos favoritos,
agora já não me sinto tão culpada.
Organizei o remorso,
não encontrei absolutamente nada.
Um dia é provável que te volte a amar.
Mas espero que nesse dia seja tarde demais.
A Naifa
E assim dou por encerrado um capítulo da minha pequena vida. Não me sinto com mais forças, não me sinto mais frágil. Sinto que o pouco que a experiência me mostrou, é nos pequenos momentos de felicidade, que a felicidade existe. E assim posso dizer que já fui muito feliz e usar essa arma pequena e inútil para gritar ao mundo: SOU FELIZ!
Com nada.
Com pouco.
Sozinha.
Independente.
Pequena.
abril 19, 2008
Uma Inocente Inclinação Para o Mal
Filha de duas mães
filha de duas mães
adoro vesti-las de igual
tenho andado à tua procura
para te amar
sobre a mesa posta
sem nenhuma vaidade
ensinar-te-ei meu amor
a praticar a caridade
nunca direi saudade
ligo pouco ao que se diz
mas não levo muito a mal
a ideia de ser feliz
A Naifa
filha de duas mães
adoro vesti-las de igual
tenho andado à tua procura
para te amar
sobre a mesa posta
sem nenhuma vaidade
ensinar-te-ei meu amor
a praticar a caridade
nunca direi saudade
ligo pouco ao que se diz
mas não levo muito a mal
a ideia de ser feliz
A Naifa
abril 16, 2008
"vou demorar até à próxima vez"
que não sei quando será;
que não esperarei a sonhar;
que não anteciparei;
que aguardo sozinha;
que o meu reflexo vejas;
que a minha gargalhada oiças;
que o meu sorriso te agrade.
Vou esperar por ti. Sem sujeito pessoal. Sem personalidade vincada. Sem títulos e credos.
Vou demorar por te encontrar. Alguém que veja o que eu vejo sem razões para falar.
Não tenho pressa de te ver, de me cruzar com esse ninguém que és no lugar mais frágil do mundo.
Quero que me seduzas e me encantes com os teus gestos e me manipules com o teu olhar.
Quero ir contra ti, deixar cair tudo ao chão e levantar-me e ver que te encontrei.
que não esperarei a sonhar;
que não anteciparei;
que aguardo sozinha;
que o meu reflexo vejas;
que a minha gargalhada oiças;
que o meu sorriso te agrade.
Vou esperar por ti. Sem sujeito pessoal. Sem personalidade vincada. Sem títulos e credos.
Vou demorar por te encontrar. Alguém que veja o que eu vejo sem razões para falar.
Não tenho pressa de te ver, de me cruzar com esse ninguém que és no lugar mais frágil do mundo.
Quero que me seduzas e me encantes com os teus gestos e me manipules com o teu olhar.
Quero ir contra ti, deixar cair tudo ao chão e levantar-me e ver que te encontrei.
abril 11, 2008
Monotone
antes de saíres para o trabalho, arrumas à pressa o dia
anterior
para debaixo da cama.
guardas o coração ainda adormecido bem dentro do teu
corpo
e esqueces essa canção que já não passa na rádio
mas que vive secretamente dentro de ti.
fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
os teus passos na escada fria soam ligeiros e apagam-se,
perde-se o rasto, easy listening,
guardas tudo para ti como um ex-dj...
assim partes, quase a correr.
parada junto à passadeira, protegida num gesto ledo
fixas o olhar na sombra dos carros que passam.
esperas pelo sábado,
pelo feriado e as suas pontes,
pelas férias para ouvires as tuas canções.
sentes-te longe, silenciosa de luz.
A Naifa
anterior
para debaixo da cama.
guardas o coração ainda adormecido bem dentro do teu
corpo
e esqueces essa canção que já não passa na rádio
mas que vive secretamente dentro de ti.
fechas a porta à chave com duas voltas e sais.
os teus passos na escada fria soam ligeiros e apagam-se,
perde-se o rasto, easy listening,
guardas tudo para ti como um ex-dj...
assim partes, quase a correr.
parada junto à passadeira, protegida num gesto ledo
fixas o olhar na sombra dos carros que passam.
esperas pelo sábado,
pelo feriado e as suas pontes,
pelas férias para ouvires as tuas canções.
sentes-te longe, silenciosa de luz.
A Naifa
abril 01, 2008
A cidade
Que sentido damos aos minutos em que nos sentamos num banco de jardim a olhar uma paisagem distantemente dentro de nós?
Os carros a passar... o barulho da cidade...o vento a despentear o meu cabelo... a conversa tímida com alguém que não se conhece... o receio de não querer estar ali e a coragem da descoberta de ruas que não se conhecia.
Cruzou-se olhares em segredo com estranhos, visitou-se lugares que recordávamos, ouvimos a música de uma cidade que se perdeu na sua antiguidade, e que nunca recuperou de um passado, que apaixona os vagabundos deambulantes perdidos em si.
Esta cidade perdida outrora, desperta uma verdade despida e a tradição de uma gente, que não conhece mais fronteiras do que o bairro onde vive cada dia, trazendo às costas o barulho do eléctrico que estremece as velhas casas típicas e acorda alguém que quer dormir.
Um miradouro esquecido; uma igreja escura; um velho que canta o que ninguém quer ouvir.
Um cigarro; um café; os óculos escuros para o sol não ferir o olhar e o lenço para tapar o pescoço.
O vento é frio; a conversa é de situação;
e o tempo é demasiado curto para visitar o corpo de uma cidade sedenta de aventura, e que desespera triste e velha por novos homens que a descubram.
Os carros a passar... o barulho da cidade...o vento a despentear o meu cabelo... a conversa tímida com alguém que não se conhece... o receio de não querer estar ali e a coragem da descoberta de ruas que não se conhecia.
Cruzou-se olhares em segredo com estranhos, visitou-se lugares que recordávamos, ouvimos a música de uma cidade que se perdeu na sua antiguidade, e que nunca recuperou de um passado, que apaixona os vagabundos deambulantes perdidos em si.
Esta cidade perdida outrora, desperta uma verdade despida e a tradição de uma gente, que não conhece mais fronteiras do que o bairro onde vive cada dia, trazendo às costas o barulho do eléctrico que estremece as velhas casas típicas e acorda alguém que quer dormir.
Um miradouro esquecido; uma igreja escura; um velho que canta o que ninguém quer ouvir.
Um cigarro; um café; os óculos escuros para o sol não ferir o olhar e o lenço para tapar o pescoço.
O vento é frio; a conversa é de situação;
e o tempo é demasiado curto para visitar o corpo de uma cidade sedenta de aventura, e que desespera triste e velha por novos homens que a descubram.
março 28, 2008
Visita
Hoje visitei um passado. Um tempo que passou como num sussurro bem perto de mim, a segredar-me que tudo o que passa, passa por nós com a mesma força que o mar e o vento se conjugam numa tempestade contra mim.
Tornaste-te em mim na curta tempestade da minha existência que me fez tremer e duvidar do futuro.
Cumpriste a pena da nossa curta vida, enquanto eu te agarrei por me agarrar a ti.
Leio-me e reescrevo-me a todas as horas, duvidando do tempo que virá e de quando os nossos caminhos se irão cruzar, tendo por esperança reencontrar-te num futuro breve, em que não terás medo de me confrontar com os teus receios e eu te poderei abraçar e te direi que tudo não foi mais do que o pesadelo de viver.
Recordo-me de palavras ditas e escritas e confirmo que o mundo é grande demais para ti e pequeno para mim.
Quero saber um dia se o que escreveste foi de ti para mim e se eu li a pensar em ti. Será que ainda me lês? Que me recordas por vezes? Que paras um segundo e chamas por mim?
Não tenho esperança de nada mais em comum que não seja aquilo que se perdeu entre o som de uma gaivota, a espuma do mar e os primeiros raios de sol das madrugadas em que não adormecemos, e as nossas palavras não foram mais do que simples palavras, nas longas conversas de amantes que sabem que o tempo permitido é curto para o que se querem.
Nada mais fica por dizer porque uma amiga sempre terás, um porto de abrigo para as tempestades do teu mar e uma linha que te guia quando a corrente de afastar do teu rumo.
Nunca foste, nunca serás, nem és o mar por onde navego: és simplesmente aquela onda perfeita que eu apanhei e recordo a sua passagem desejando voltar a renavegar-te.
Tornaste-te em mim na curta tempestade da minha existência que me fez tremer e duvidar do futuro.
Cumpriste a pena da nossa curta vida, enquanto eu te agarrei por me agarrar a ti.
Leio-me e reescrevo-me a todas as horas, duvidando do tempo que virá e de quando os nossos caminhos se irão cruzar, tendo por esperança reencontrar-te num futuro breve, em que não terás medo de me confrontar com os teus receios e eu te poderei abraçar e te direi que tudo não foi mais do que o pesadelo de viver.
Recordo-me de palavras ditas e escritas e confirmo que o mundo é grande demais para ti e pequeno para mim.
Quero saber um dia se o que escreveste foi de ti para mim e se eu li a pensar em ti. Será que ainda me lês? Que me recordas por vezes? Que paras um segundo e chamas por mim?
Não tenho esperança de nada mais em comum que não seja aquilo que se perdeu entre o som de uma gaivota, a espuma do mar e os primeiros raios de sol das madrugadas em que não adormecemos, e as nossas palavras não foram mais do que simples palavras, nas longas conversas de amantes que sabem que o tempo permitido é curto para o que se querem.
Nada mais fica por dizer porque uma amiga sempre terás, um porto de abrigo para as tempestades do teu mar e uma linha que te guia quando a corrente de afastar do teu rumo.
Nunca foste, nunca serás, nem és o mar por onde navego: és simplesmente aquela onda perfeita que eu apanhei e recordo a sua passagem desejando voltar a renavegar-te.
março 19, 2008
Bolero do Coronel Sensível que Fez Amor em Monsanto
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Lobo Antunes
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Lobo Antunes
março 15, 2008
A Praia
Chamaste-me teu demasiadas vezes, tantas que eu deixei de me pertencer e evadi-me para ti, ao gosto do vento que passa tantas vezes por nós.
Juntos edificámos maravilhas a que chamámos sonhos, construímos pontes de alianças entre os povos que correram ao chamamento. Vimos o mundo numa perspectiva que há muito tinha desaparecido e resumimos o esforço, a um brinde de champanhe depois de um jantar de amigos.
Atravessámos o céu e beijámos as estrelas, passeámos nas nuvens e zangámo-nos com as trovoadas que falavam demasiado alto. Dançámos com os pássaros e escorremos com a chuva para onde ela nos quis levar.
Sobrevivemos ao cair das folhas do Outono e às noites sem Lua. Comungámos com a terra e adormecemos a ouvir o burburinho do mar.
Aqueles instantes que foram demasiado tempo para ti, tornaram-se em anos para mim. Respirei o teu sorriso, lutei contra as tuas lágrimas, quis transportar-te para uma praia onde a areia por debaixo dos nossos pés permitisse que a eternidade existisse.
Abandonaste-me à mercê da inexistência do meu próprio ser. Escreveste em mim a tua vida e rasgaste as páginas do nosso diário como se de um rascunho velho e sem valor se tratassem.
Vejo-me na minha solidão de velho embriagado pela juventude inocente, passando o tempo que falta, a recordar aqueles segundos, de quando eu te guiei a uma doce praia e fizemos amor, numa noite escura, tendo por testemunhas as estrelas que hoje não as vejo mais, e eu me vim dentro de ti com a inocência da primeira vez, e tu eras bela e mágica, e irradiavas uma transparência pela tua pele que tanto me cativou desde o primeiro toque.
Não fizeste mais do que era suposto fazer, sabias pouco mais do que eu, mas amei-te naquela noite sem luar e desejei-te para sempre, rever-te infinitamente nua naquele dia, naquela praia, a brilhar por debaixo das estrelas num cenário que nunca mais se encheu.
A praia mantém-se doce. As estrelas choram por ti. O mar pergunta para onde foste.
O velho só chama por ti...
Juntos edificámos maravilhas a que chamámos sonhos, construímos pontes de alianças entre os povos que correram ao chamamento. Vimos o mundo numa perspectiva que há muito tinha desaparecido e resumimos o esforço, a um brinde de champanhe depois de um jantar de amigos.
Atravessámos o céu e beijámos as estrelas, passeámos nas nuvens e zangámo-nos com as trovoadas que falavam demasiado alto. Dançámos com os pássaros e escorremos com a chuva para onde ela nos quis levar.
Sobrevivemos ao cair das folhas do Outono e às noites sem Lua. Comungámos com a terra e adormecemos a ouvir o burburinho do mar.
Aqueles instantes que foram demasiado tempo para ti, tornaram-se em anos para mim. Respirei o teu sorriso, lutei contra as tuas lágrimas, quis transportar-te para uma praia onde a areia por debaixo dos nossos pés permitisse que a eternidade existisse.
Abandonaste-me à mercê da inexistência do meu próprio ser. Escreveste em mim a tua vida e rasgaste as páginas do nosso diário como se de um rascunho velho e sem valor se tratassem.
Vejo-me na minha solidão de velho embriagado pela juventude inocente, passando o tempo que falta, a recordar aqueles segundos, de quando eu te guiei a uma doce praia e fizemos amor, numa noite escura, tendo por testemunhas as estrelas que hoje não as vejo mais, e eu me vim dentro de ti com a inocência da primeira vez, e tu eras bela e mágica, e irradiavas uma transparência pela tua pele que tanto me cativou desde o primeiro toque.
Não fizeste mais do que era suposto fazer, sabias pouco mais do que eu, mas amei-te naquela noite sem luar e desejei-te para sempre, rever-te infinitamente nua naquele dia, naquela praia, a brilhar por debaixo das estrelas num cenário que nunca mais se encheu.
A praia mantém-se doce. As estrelas choram por ti. O mar pergunta para onde foste.
O velho só chama por ti...
março 14, 2008
Presente sem futuro
Desobedeço às minhas próprias palavras escritas e desrespeito o que me foi dito.
A moral que em tempos pensei que tive, desvanece-se por entre os riscos da libertinagem e da ousadia, num precipício de loucura e de prazer que me desperta sensações que nunca tive nem julguei ter.
O sabor do proibido suga-me qualquer força que poderia combater, e escalo as horas para voltar a sentir o gosto do desconhecido e da incerteza do que irá acontecer.
Nunca me lerás, nunca saberás que eu falei de ti e isso despreocupa-me, e revela a crueldade do valor nocivo que te dou e do objecto em que eu te tornarei, porque tu assim me olhas e eu assim também te encaro, como uma aventura que faz bem e pela qual anseio, e de onde eu não espero mais do que tudo o que já me dás.
A moral que em tempos pensei que tive, desvanece-se por entre os riscos da libertinagem e da ousadia, num precipício de loucura e de prazer que me desperta sensações que nunca tive nem julguei ter.
O sabor do proibido suga-me qualquer força que poderia combater, e escalo as horas para voltar a sentir o gosto do desconhecido e da incerteza do que irá acontecer.
Nunca me lerás, nunca saberás que eu falei de ti e isso despreocupa-me, e revela a crueldade do valor nocivo que te dou e do objecto em que eu te tornarei, porque tu assim me olhas e eu assim também te encaro, como uma aventura que faz bem e pela qual anseio, e de onde eu não espero mais do que tudo o que já me dás.
março 13, 2008
Bring On The Wonder
I can't see the stars anymore living here
Lets go to the hills where the outlines are clear
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
I fell through the cracks at the end of our street
Lets go to the beach, get the sand through our feet
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Bring on the wonder
We got it all wrong
We pushed you down deep in our souls for too long
I dont have the time for a drink from the cup
Let's rest for a while 'til our souls catch us up
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Bring on the wonder
We got it all wrong
We pushed you down deep in our souls, so hang on
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Susan Enan
Lets go to the hills where the outlines are clear
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
I fell through the cracks at the end of our street
Lets go to the beach, get the sand through our feet
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Bring on the wonder
We got it all wrong
We pushed you down deep in our souls for too long
I dont have the time for a drink from the cup
Let's rest for a while 'til our souls catch us up
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Bring on the wonder
We got it all wrong
We pushed you down deep in our souls, so hang on
Bring on the wonder
Bring on the song
I pushed you down deep in my soul for too long
Susan Enan
março 11, 2008
Haja Saúde
Alentejo, Alentejo
Seja onde for
Quanto mais a sul me vejo
Menos eu sinto esta dor
Vou no espírito do vento
Parto de manhã
Deixo atrás o desalento
E o tormento de um não, ai, ai de um não
Ai, ai, ai de um não
Não me venhas com lamúrias
Olha que eu vou chorar
Não te escondas num lamento
Que o tempo passa a voar
Não me contes mais histórias
Dessas de adormecer
Sou Maria, sou Vitória
E a minha história ainda está só, só no amanhecer
Amanhecer, amanhecer
Só, só no amanhecer
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Se cantares à tristeza
Diz-lhe do meu amor
Que está triste na incerteza
De que lhe deve um favor
Alentejo meu desejo
Onde eu hei-de ser
Logo à noite dá-me um beijo
Que a vida são dois dias e, e passam a correr
Passam a correr, passam a correr
E não param ao passar
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Cruzes credo, ai Jesus, pesunção e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Bate, bate coração
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Xaile
Seja onde for
Quanto mais a sul me vejo
Menos eu sinto esta dor
Vou no espírito do vento
Parto de manhã
Deixo atrás o desalento
E o tormento de um não, ai, ai de um não
Ai, ai, ai de um não
Não me venhas com lamúrias
Olha que eu vou chorar
Não te escondas num lamento
Que o tempo passa a voar
Não me contes mais histórias
Dessas de adormecer
Sou Maria, sou Vitória
E a minha história ainda está só, só no amanhecer
Amanhecer, amanhecer
Só, só no amanhecer
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Se cantares à tristeza
Diz-lhe do meu amor
Que está triste na incerteza
De que lhe deve um favor
Alentejo meu desejo
Onde eu hei-de ser
Logo à noite dá-me um beijo
Que a vida são dois dias e, e passam a correr
Passam a correr, passam a correr
E não param ao passar
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Cruzes credo, ai Jesus, pesunção e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Bate, bate coração
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Xaile
março 10, 2008
Everthing
You're a falling star, you're the get away car.
You're the line in the sand when I go too far.
You're the swimming pool, on an August day.
And you're the perfect thing to say.
And you play it coy but it's kinda cute.
Ah, when you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend that you don't know it's true.
'cause you can see it when I look at you.
[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're a carousel, you're a wishing well,
And you light me up, when you ring my bell.
You're a mystery, you're from outer space,
You're every minute of my everyday.
And I can't believe, uh that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way, ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.
[Chorus]
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la
[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're every song, and I sing along.
'Cause you're my everything.
Yeah, yeah
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la
Michael Bublé
You're the line in the sand when I go too far.
You're the swimming pool, on an August day.
And you're the perfect thing to say.
And you play it coy but it's kinda cute.
Ah, when you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend that you don't know it's true.
'cause you can see it when I look at you.
[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're a carousel, you're a wishing well,
And you light me up, when you ring my bell.
You're a mystery, you're from outer space,
You're every minute of my everyday.
And I can't believe, uh that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way, ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.
[Chorus]
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la
[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're every song, and I sing along.
'Cause you're my everything.
Yeah, yeah
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la
Michael Bublé
março 05, 2008
Valsa Quase Anti-Depressiva
Dança comigo a primeira valsa
Da Primavera
Dança sem sonhos, esquece as promessas,
Ninguém nos espera
Já enchi os dias de lutas vazias,
Estou gasto, cansado, dormente
E a um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda não fico indiferente
Fala comigo na palavra falsa
Da fantasia
Chovem amigos na festa da praça
Do meio-dia
É certo que as flores parecem maiores
Que toda a virtude do mundo
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda me sinto profundo
Se este mundo fosse feito para ser doce
Eu seria doce fosse eu quem fosse
Foge comigo na última volta
Da maratona
Nada comigo num lago indeciso
De metadona
Já deixei as asas na cave da casa
E as chaves no fundo do mar
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda nos vamos casar
Quinteto TATI
Da Primavera
Dança sem sonhos, esquece as promessas,
Ninguém nos espera
Já enchi os dias de lutas vazias,
Estou gasto, cansado, dormente
E a um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda não fico indiferente
Fala comigo na palavra falsa
Da fantasia
Chovem amigos na festa da praça
Do meio-dia
É certo que as flores parecem maiores
Que toda a virtude do mundo
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda me sinto profundo
Se este mundo fosse feito para ser doce
Eu seria doce fosse eu quem fosse
Foge comigo na última volta
Da maratona
Nada comigo num lago indeciso
De metadona
Já deixei as asas na cave da casa
E as chaves no fundo do mar
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda nos vamos casar
Quinteto TATI
março 02, 2008
Ponto Zero
Eu tento ler-te, em cada frase tens um mistério,
que eu não desvendo embora às vezes esteja quase, esteja quase.
O teu silêncio mais parece um ponto final.
Volto atrás, tento entender mas não sou capaz.
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo,
de não conseguir passar do prefácio.
Talvez me possas dar uma luz. Tudo o que eu peço é um sinal.
Eu não quero acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns
Dá-me um indício mesmo contrario, contraditário.
Da-me a palavra que eu vou procurá-la ao dicionário.
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo,
de não conseguir passar do prefácio.
Dá-me uma chance, é tudo o que eu quero.
É muito mau ler um romance sem sair do ponto zero.
Talvez me possas dar uma luz. Tudo o que eu peço é um sinal.
Eu não quero o acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo
Eu não peço o acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns.
Clã - Cintura
que eu não desvendo embora às vezes esteja quase, esteja quase.
O teu silêncio mais parece um ponto final.
Volto atrás, tento entender mas não sou capaz.
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo,
de não conseguir passar do prefácio.
Talvez me possas dar uma luz. Tudo o que eu peço é um sinal.
Eu não quero acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns
Dá-me um indício mesmo contrario, contraditário.
Da-me a palavra que eu vou procurá-la ao dicionário.
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo,
de não conseguir passar do prefácio.
Dá-me uma chance, é tudo o que eu quero.
É muito mau ler um romance sem sair do ponto zero.
Talvez me possas dar uma luz. Tudo o que eu peço é um sinal.
Eu não quero o acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns
Eu quero entrar no teu enredo mas tenho medo
Eu não peço o acesso a todos os teus segredos mas só a alguns, só alguns.
Clã - Cintura
fevereiro 26, 2008
Chaga
Hoje procuro a ferida que rompeste mais uma vez no meu tão frágil sentir. Débil como uma pena que paira à mercê do vento, e segura como a rocha no abismo de viver.
Abriste a dor que sangra há demasiado tempo sem ser curada por ti ou por outro alguém que nada valha ao pé de ti, mas que me limpe a tristeza que me invade em cada momento que recordo as tuas mãos.
Foram breves os momentos que tivemos, foram demasiado rápidos os segundos dessa nossa existência tão curta e que me pesa e não me deixa fugir de ti. Marcaste-me com o teu arpão de águia fugidia e escondeste-te para sempre, de sempre, de mim.
Inventaste novos caminhos e ludibriaste o meu percurso que desespera por fugir ao teu, ansiando que te esqueça, que me esqueça, numa qualquer rua, num café desconhecido, no banco do jardim onde nos sentamos.
Ficam as memórias difíceis de recordar, a chaga aberta de cada passo que dou para longe de ti.
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim.
Ornatos Violeta
Abriste a dor que sangra há demasiado tempo sem ser curada por ti ou por outro alguém que nada valha ao pé de ti, mas que me limpe a tristeza que me invade em cada momento que recordo as tuas mãos.
Foram breves os momentos que tivemos, foram demasiado rápidos os segundos dessa nossa existência tão curta e que me pesa e não me deixa fugir de ti. Marcaste-me com o teu arpão de águia fugidia e escondeste-te para sempre, de sempre, de mim.
Inventaste novos caminhos e ludibriaste o meu percurso que desespera por fugir ao teu, ansiando que te esqueça, que me esqueça, numa qualquer rua, num café desconhecido, no banco do jardim onde nos sentamos.
Ficam as memórias difíceis de recordar, a chaga aberta de cada passo que dou para longe de ti.
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim
Diz sem querer poupar meu corpo
Eu já não sei quem te abraçou
Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu
Quando eu cair
Eu espero ao menos que olhes para trás
Diz que não te afastas de algo que é também teu
Não vai haver um novo amor
Tão capaz e tão maior
Para mim será melhor assim
Vê como eu quero
E vou tentar
Sem matar o nosso amor
Não achar que o mundo é feito para nós
Foi como entrar
Foi como arder
Para ti nem foi viver
Foi mudar o mundo
Sem pensar em mim
Mas o tempo até passou
E és o que ele me ensinou
Uma chaga pra lembrar que há um fim.
Ornatos Violeta
fevereiro 21, 2008
Amigo
Talvez uma pequena homenagem ao "amigo"!
Àquela pessoa que sem pressa e sem vontade nos escuta atentamente mesmo estando absolvida com os seus próprios porquês.
A quem nós temos um amor sem fim, sem limite de idade e sem prazo de validade e sem ódio e traição.
Não há palavras para descrever um amigo e o sentimento que se tem a quem se quer bem, porque a amizade é um amor que não cresce, e fica pelo que é de belo e simples sem pedir mais nada em troca do que um grito de guerra para descobrir a paz.
A ti, meu amigo, que te redescobri, em que acredito e que me liberta dos meus pensamentos solitários, e que escuta as minhas libertinagens e idiossincrasias.
Gratidão é o tenho para te oferecer e muita fé: em ti e em mim. Em nós os dois.
Sim, um dia, olharemos para trás e brincaremos com o que ficou por não fazer!
Mas nada melhor do que palavras que já foram escritas e melhor do que as minhas:
"Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!"
Alexandre O’Neill
Àquela pessoa que sem pressa e sem vontade nos escuta atentamente mesmo estando absolvida com os seus próprios porquês.
A quem nós temos um amor sem fim, sem limite de idade e sem prazo de validade e sem ódio e traição.
Não há palavras para descrever um amigo e o sentimento que se tem a quem se quer bem, porque a amizade é um amor que não cresce, e fica pelo que é de belo e simples sem pedir mais nada em troca do que um grito de guerra para descobrir a paz.
A ti, meu amigo, que te redescobri, em que acredito e que me liberta dos meus pensamentos solitários, e que escuta as minhas libertinagens e idiossincrasias.
Gratidão é o tenho para te oferecer e muita fé: em ti e em mim. Em nós os dois.
Sim, um dia, olharemos para trás e brincaremos com o que ficou por não fazer!
Mas nada melhor do que palavras que já foram escritas e melhor do que as minhas:
"Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!"
Alexandre O’Neill
fevereiro 20, 2008
Ocasiões
Que aspecto têm os meus olhos quando se juntam aos teus, nos instantes de uma loucura que se tornou num vício do qual eu não prescindo e que se tornou intrínseco?
Não sei se precisas de mim como eu de ti, se o que sentes naqueles minutos te faz renascer de um sono de solidão. Não sei se o que não nos mata de prazer nos poderá tornar mais fortes nisto que temos sem ter.
Recordo um passado que tivemos e que temos receio de assumir, porque nada mais é do que o que já foi. Sabes do que eu gosto, do que eu quero, pões-me a rir e a vaguear pelo teu corpo que deseja o meu que bem conhece.
Duvido se um dia te direi adeus porque na minha infidelidade, reconheço-te numa qualquer viela da vida, e sinto por instantes que só a ti me prenderei.
Não sei se precisas de mim como eu de ti, se o que sentes naqueles minutos te faz renascer de um sono de solidão. Não sei se o que não nos mata de prazer nos poderá tornar mais fortes nisto que temos sem ter.
Recordo um passado que tivemos e que temos receio de assumir, porque nada mais é do que o que já foi. Sabes do que eu gosto, do que eu quero, pões-me a rir e a vaguear pelo teu corpo que deseja o meu que bem conhece.
Duvido se um dia te direi adeus porque na minha infidelidade, reconheço-te numa qualquer viela da vida, e sinto por instantes que só a ti me prenderei.
fevereiro 12, 2008
Ouvi dizer
Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma(3)
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma! Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
Ornatos Violeta: para mim um dos melhores projectos que se fez em Portugal e o que eu lamento de os descobrir já demasiado tarde.
Tem daquelas letras, que tudo me inspira uma sensação e não há música nenhuma que não me faça recordar um experiência vivida.
Agora basta-me a raiva...
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma(3)
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma! Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!
Ornatos Violeta: para mim um dos melhores projectos que se fez em Portugal e o que eu lamento de os descobrir já demasiado tarde.
Tem daquelas letras, que tudo me inspira uma sensação e não há música nenhuma que não me faça recordar um experiência vivida.
Agora basta-me a raiva...
fevereiro 07, 2008
Quero
Que faria eu sem te ver por breves instantes, neste mundo tão turbulento que é o meu corpo quando eu penso que se encheu de uma calma momentânea, e te vejo a desaparecer?
Faria tudo.
Era capaz de te matar e de te fazer acordar só com o meu respirar. Seria capaz de te bater e odiar, como te odeio e me odeio a mim, e gritar até ficar sem voz por todo o desassossego que me provocas com esse teu olhar de não me quereres ver.
Estou à tua frente e rogo-te para me que oiças. Que escutes as minhas preces e as minhas queixas, que me fites sem desviar, até ao momento em que nem eu nem tu, poderemos explicar aquele instante.
Quero ver-te chorar... não por mim, mas pelo que fomos e não chegamos nunca sequer a ser, porque não deixaste, porque não quisseste, porque fugiste alertando-me que se eu não fugisse também, nunca irias voltar atrás para me buscar.
E é essa a tua cobardia...o não quereres ou teres medo de querer. Não sei o que sentes, o que te conforta, o que te desespera ou te alegra. Nem quero saber. Quero deixar-te, quero sentir-me só minha, sem ansiedade para me tremer as mãos de cada vez que te escuto. Não quero ouvir a tua voz. Quero que desapareças de mim como sempre soubeste fazer, como fazes continuadamente nesse ciclo em que tanto me transbordas como eu seco por ti.
Quero-te bem fundo, sem fronteira entre a loucura e o desejo e não te quero, porque me enojas e eu não te sei já sentir.
Foge de mim como sempre o fizeste. Corre para bem longe onde eu não te possa alcançar e que eu fique sozinha com a minha imaginação e o meu amor por ti.
Despreza-me como sempre o fizeste que eu andarei atrás de ti, num grito mudo e com o meu sorriso de suave tristeza, aquela, que tu me fazes sempre que me dás a atenção que eu sempre quis, que te invoco, que te prende a mim porque eu quero que me prendas e tu soltas-me.
Não tens garra para me agarrares. És incapaz de me abraçar e sufocar-me com o teu corpo, num labirinto onde eu deixei de ter saída. Mas esse labirinto deixou de me assustar.
Não te quero senão bem, mas quero sair de lá. Não terei as tuas mãos a pedirem-me para que fique e eu não te entregarei nunca a minha alma, nesse embalo ardente que nunca chegamos a dançar.
Nunca me pediste permissão nem me deste a mão, nem nunca viste o meu corpo a baloiçar junto ao teu, só à espera dessa valsa dos amantes que eu sempre quis que tocassem quando nem eu nem tu esperássemos ouvir.
Faria tudo.
Era capaz de te matar e de te fazer acordar só com o meu respirar. Seria capaz de te bater e odiar, como te odeio e me odeio a mim, e gritar até ficar sem voz por todo o desassossego que me provocas com esse teu olhar de não me quereres ver.
Estou à tua frente e rogo-te para me que oiças. Que escutes as minhas preces e as minhas queixas, que me fites sem desviar, até ao momento em que nem eu nem tu, poderemos explicar aquele instante.
Quero ver-te chorar... não por mim, mas pelo que fomos e não chegamos nunca sequer a ser, porque não deixaste, porque não quisseste, porque fugiste alertando-me que se eu não fugisse também, nunca irias voltar atrás para me buscar.
E é essa a tua cobardia...o não quereres ou teres medo de querer. Não sei o que sentes, o que te conforta, o que te desespera ou te alegra. Nem quero saber. Quero deixar-te, quero sentir-me só minha, sem ansiedade para me tremer as mãos de cada vez que te escuto. Não quero ouvir a tua voz. Quero que desapareças de mim como sempre soubeste fazer, como fazes continuadamente nesse ciclo em que tanto me transbordas como eu seco por ti.
Quero-te bem fundo, sem fronteira entre a loucura e o desejo e não te quero, porque me enojas e eu não te sei já sentir.
Foge de mim como sempre o fizeste. Corre para bem longe onde eu não te possa alcançar e que eu fique sozinha com a minha imaginação e o meu amor por ti.
Despreza-me como sempre o fizeste que eu andarei atrás de ti, num grito mudo e com o meu sorriso de suave tristeza, aquela, que tu me fazes sempre que me dás a atenção que eu sempre quis, que te invoco, que te prende a mim porque eu quero que me prendas e tu soltas-me.
Não tens garra para me agarrares. És incapaz de me abraçar e sufocar-me com o teu corpo, num labirinto onde eu deixei de ter saída. Mas esse labirinto deixou de me assustar.
Não te quero senão bem, mas quero sair de lá. Não terei as tuas mãos a pedirem-me para que fique e eu não te entregarei nunca a minha alma, nesse embalo ardente que nunca chegamos a dançar.
Nunca me pediste permissão nem me deste a mão, nem nunca viste o meu corpo a baloiçar junto ao teu, só à espera dessa valsa dos amantes que eu sempre quis que tocassem quando nem eu nem tu esperássemos ouvir.
fevereiro 01, 2008
Desenho
Ele criou o desenho dela numa imagem de rascunho para um dia aperfeiçoar. Não queria que ficasse perfeito nem que se resumisse a um contorno turvo com o lápis de carvão que comprou outro dia na loja.
Iluminou aquela folha de papel amarrotado só com o sorriso do seu rosto: a luz da alegria dele quando ela se digna a enfrentá-lo.
É difícil dizê-lo e responder-lhe que sim. Que o deixe pintá-la. Que fique de pose para ele num eterno momento, agarrado àquele papel. Que o permita contemplá-la, num gesto de magistral simplicidade da sua vida rotineira onde os seus passos se cruzam em certos instantes, por muito curtos que sejam, são tempo de leveza, desde que ela o fite por segundos a pedir passagem para algum lado. São segundos que se transformam em água: é a transparência da sua alma; é o seu corpo que flutua; é a frieza rígida que o mortifica e petrifica daquela silhueta que ele imaginou um dia vir a tocar.
É uma temperatura de conflitos interiores, de um calor que o deixa a tremer de frio e pede um agasalho, ou despe o casaco para sentir, o que de verdade está cá fora do seu corpo.
Nada lhe diz que ela o conhece. Tudo lhe diz que ele a não desconhece.
O seu aroma ao passar, tal como o cego que se guia pelo tacto, ele conduz-se às escuras no desenho que despertou o seu cheiro, e envolve-se naquela harmonia de equilíbrio ao qual ela o conduz.
Sabe as curvas do seu rosto, o perfil do seu nariz, quantas sardas tem em dias de verão e a côr dos seus lábios depois de humedecidos pela língua. Não a dele, mas a de alguém que a beija quando ele não está à espera. Alguém que também a pintou, não como ela é de verdade, mas como uma deusa que nem Olimpo teve no seu céu. Pintou-a estragando todas as imperfeições que ele assumiu como perfeitas e que o iludiram e ludibriaram aquele amor de uma vida.
Mas ele não. Ele pintou-a deixando-a por acabar. Ele não sabe se os seus olhos vão perder o brilho ou se a sua pele vai ficar mais branca. Ele não sabe quem a vai beijar e se ele a vai continuar a admirar pelo porte de magestade que ela nunca o foi.
Ele só sabe que o desenho vai continuar crú e nú. Ela vai permanecer imperfeita, a amá-lo, até ao dia, em que o reflexo do seu sorriso, encha o lápis de carvão de côr e ele consiga pintá-la como ele merece por ela.
Iluminou aquela folha de papel amarrotado só com o sorriso do seu rosto: a luz da alegria dele quando ela se digna a enfrentá-lo.
É difícil dizê-lo e responder-lhe que sim. Que o deixe pintá-la. Que fique de pose para ele num eterno momento, agarrado àquele papel. Que o permita contemplá-la, num gesto de magistral simplicidade da sua vida rotineira onde os seus passos se cruzam em certos instantes, por muito curtos que sejam, são tempo de leveza, desde que ela o fite por segundos a pedir passagem para algum lado. São segundos que se transformam em água: é a transparência da sua alma; é o seu corpo que flutua; é a frieza rígida que o mortifica e petrifica daquela silhueta que ele imaginou um dia vir a tocar.
É uma temperatura de conflitos interiores, de um calor que o deixa a tremer de frio e pede um agasalho, ou despe o casaco para sentir, o que de verdade está cá fora do seu corpo.
Nada lhe diz que ela o conhece. Tudo lhe diz que ele a não desconhece.
O seu aroma ao passar, tal como o cego que se guia pelo tacto, ele conduz-se às escuras no desenho que despertou o seu cheiro, e envolve-se naquela harmonia de equilíbrio ao qual ela o conduz.
Sabe as curvas do seu rosto, o perfil do seu nariz, quantas sardas tem em dias de verão e a côr dos seus lábios depois de humedecidos pela língua. Não a dele, mas a de alguém que a beija quando ele não está à espera. Alguém que também a pintou, não como ela é de verdade, mas como uma deusa que nem Olimpo teve no seu céu. Pintou-a estragando todas as imperfeições que ele assumiu como perfeitas e que o iludiram e ludibriaram aquele amor de uma vida.
Mas ele não. Ele pintou-a deixando-a por acabar. Ele não sabe se os seus olhos vão perder o brilho ou se a sua pele vai ficar mais branca. Ele não sabe quem a vai beijar e se ele a vai continuar a admirar pelo porte de magestade que ela nunca o foi.
Ele só sabe que o desenho vai continuar crú e nú. Ela vai permanecer imperfeita, a amá-lo, até ao dia, em que o reflexo do seu sorriso, encha o lápis de carvão de côr e ele consiga pintá-la como ele merece por ela.
janeiro 31, 2008
A quadra da moda política!
Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P'ra junto do Sá Carneiro
Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso
Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS
Para que não fiquem a rir-se
Os senhores do PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntamente com os do PCP
Porque a viagem é cara
E é preciso cultivar as hortas
Para rentabilizar o percurso
Não deixes cá o Paulo Portas
Para ficar tudo limpo
E purificar bem a coisa
Arranja um cantinho
E leva o Jerónimo de Sousa
Como estamos em democracia
Embora não pareça às vezes
Aproveita o transporte
E leva também o Menezes
Se puderes faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã
A temperatura está boa
Não te esqueças do Louça
Todos eles são matreiros
E vivem à base de golpes
Faz lá mais um favorzinho
E leva o Santana Lopes
Isto chegou a tal ponto
E vão as coisas tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P'ra junto do Sá Carneiro
Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso
Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS
Para que não fiquem a rir-se
Os senhores do PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntamente com os do PCP
Porque a viagem é cara
E é preciso cultivar as hortas
Para rentabilizar o percurso
Não deixes cá o Paulo Portas
Para ficar tudo limpo
E purificar bem a coisa
Arranja um cantinho
E leva o Jerónimo de Sousa
Como estamos em democracia
Embora não pareça às vezes
Aproveita o transporte
E leva também o Menezes
Se puderes faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã
A temperatura está boa
Não te esqueças do Louça
Todos eles são matreiros
E vivem à base de golpes
Faz lá mais um favorzinho
E leva o Santana Lopes
Isto chegou a tal ponto
E vão as coisas tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal
janeiro 28, 2008
Vou Te Excluir do Meu Orkut
Sei que os anos vão passando
E eu amando mais você
Dedicando sempre um
Amor sem fim
Bons momentos de paixão
E de felicidade
E eu sempre acreditei
Que o seu amor era verdade...
Você sempre jurou a mim
Eterno amor
Que um dia casaria comigo
E seria feliz
Mas você mentiu
E vi que estava errado
Um dia vi você sair
Com ex-namorado...
Eu vou te deletar
Te excluir do meu orkut
Eu vou te bloquear no msn
Não me mande mais
Scraps, nem email
Power point
Me exclua também
E adicione ele...(4x)
Ewerton Assunção
Composição: Everton Assunção
Há músicas que nos fazem rir demais! Esta é uma delas! É de partir a rir à gargalhada de tão estúpida e imbecil que é! Mas faz-nos rir também com certas imbecialidades que ainda andam por aí!
Divirtam-se!
E eu amando mais você
Dedicando sempre um
Amor sem fim
Bons momentos de paixão
E de felicidade
E eu sempre acreditei
Que o seu amor era verdade...
Você sempre jurou a mim
Eterno amor
Que um dia casaria comigo
E seria feliz
Mas você mentiu
E vi que estava errado
Um dia vi você sair
Com ex-namorado...
Eu vou te deletar
Te excluir do meu orkut
Eu vou te bloquear no msn
Não me mande mais
Scraps, nem email
Power point
Me exclua também
E adicione ele...(4x)
Ewerton Assunção
Composição: Everton Assunção
Há músicas que nos fazem rir demais! Esta é uma delas! É de partir a rir à gargalhada de tão estúpida e imbecil que é! Mas faz-nos rir também com certas imbecialidades que ainda andam por aí!
Divirtam-se!
janeiro 23, 2008
JazzMan
Lisa: Lift me won't you lift me
above the old routine
Make it nice
play it clean
Jazzman!
When the Jazzman's testifyin',
a faithless man believes.
He can sing you into paradise,
or bring you to your knees.
Jazzman, take my blues away,
Make my pain the same as yours with every change you play.
Jazzman, oh, Jazzman.
The Simpsons
above the old routine
Make it nice
play it clean
Jazzman!
When the Jazzman's testifyin',
a faithless man believes.
He can sing you into paradise,
or bring you to your knees.
Jazzman, take my blues away,
Make my pain the same as yours with every change you play.
Jazzman, oh, Jazzman.
The Simpsons
janeiro 21, 2008
O banco
Doce e triste, amarga e gritante, sufocando de angústia o meu olhar de te ver longe do meu rosto, e tão perto da distância que te leva sempre que eu te quero.
Não me vejas assim quando me tocas ao de leve para que os outros não reparem nem eu note essa tua indiferença que te amarra.
Ignora-me de vez para eu saber o que é a dor de perder o que me une a ti.
Ausenta-te de mim sempre que partes por momentos e que eu desespero para que voltes rezando para que fiques por lá.
Saber-me sem ti alivia as lágrimas que escorrem suaves e sem cor, de cada vez que te vejo naquele banco, naquele lugar em que eu olho e tu lá estás, de vermelho a olhar para mim. Quero-te naquele banco sem dor, para sempre a ouvir palavras que não oiço porque os meus pensamentos se invadem para o teu banco, e eu me sento ao teu lado e estendo a minha mão.
Aperto-a com força e peço-te para que fiques.
Entrego-te quem eu sou enroscando-me no banco de ti.
Grito-te para que vejas o meu pânico ao deixar de saber de ti.
E choro por ti sem medo e por saber que nada vai mudar no peso da minha garganta quando sei que vais partir.
Deixei de ter receio do que eu penso por pensar em ti: quero-me bem mal por te querer demasiado bem.
Sei que vou continuar no meu banco.
Porque tu vais embora do teu.
Olharei pelo ombro e não te encontrarei nem esperarei por ti nesse lugar.
Porque ansiarei para que não ocupem o teu lugar marcado nesse dia.
Eu não sai do meu banco. Tu foges do teu. E eu não te encontro nem sinto a tua mão.
Não me vejas assim quando me tocas ao de leve para que os outros não reparem nem eu note essa tua indiferença que te amarra.
Ignora-me de vez para eu saber o que é a dor de perder o que me une a ti.
Ausenta-te de mim sempre que partes por momentos e que eu desespero para que voltes rezando para que fiques por lá.
Saber-me sem ti alivia as lágrimas que escorrem suaves e sem cor, de cada vez que te vejo naquele banco, naquele lugar em que eu olho e tu lá estás, de vermelho a olhar para mim. Quero-te naquele banco sem dor, para sempre a ouvir palavras que não oiço porque os meus pensamentos se invadem para o teu banco, e eu me sento ao teu lado e estendo a minha mão.
Aperto-a com força e peço-te para que fiques.
Entrego-te quem eu sou enroscando-me no banco de ti.
Grito-te para que vejas o meu pânico ao deixar de saber de ti.
E choro por ti sem medo e por saber que nada vai mudar no peso da minha garganta quando sei que vais partir.
Deixei de ter receio do que eu penso por pensar em ti: quero-me bem mal por te querer demasiado bem.
Sei que vou continuar no meu banco.
Porque tu vais embora do teu.
Olharei pelo ombro e não te encontrarei nem esperarei por ti nesse lugar.
Porque ansiarei para que não ocupem o teu lugar marcado nesse dia.
Eu não sai do meu banco. Tu foges do teu. E eu não te encontro nem sinto a tua mão.
janeiro 18, 2008
Pertencer
desapareço a vapor
fico fechado ao lado
sentindo-me só
passando despercebido
à garrafa agarrado
o meu nome é...
desapareço ao teu lado
de fora fico a ver
as pessoas para onde vão?
dentro dos autocarros
levados são levados
comida por liberdade
o meu nome é joão e vivo ao teu lado
o meu nome é yuri do continente gelado
o meu nome é zero nesta democracia
deixa-me pertencer eu quero pertencer-te
Xutos & Pontapés e Oioai
"A "ENCONTRAR+SE" é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública, sem fins lucrativos, que surge da necessidade de desenvolver soluções para as dificuldades encontradas no desenvolvimento, implementação, avaliação e investigação de respostas adequadas às exigências próprias da reabilitação psicossocial das pessoas com doença mental grave."
" Porque quando as doenças mentais são discriminadas, promover a saúde mental é mais difícil.
1. Muita gente adia a procura de ajuda, e torna uma situação controlável numa doença mais grave
2. Muitos doentes não tomam a sua medicação, pondo em risco o seu tratamento
3. Pessoas com doença mental são discriminadas no emprego ou na escola, agravando o isolamento e a incapacidade
4. Aumentando o isolamento e a exclusão social, aumenta o desespero e o risco de suicídio
5. Havendo indiferença social, há menos tratamento, menos apoio comunitário, menos técnicos especializados, mais direitos humanos violados e falta de interesse politico.
JUNTA-TE AO MOVIMENTO UPA E USA A MÚSICA PARA PASSAR A MENSAGEM."
www.encontrarse.pt
fico fechado ao lado
sentindo-me só
passando despercebido
à garrafa agarrado
o meu nome é...
desapareço ao teu lado
de fora fico a ver
as pessoas para onde vão?
dentro dos autocarros
levados são levados
comida por liberdade
o meu nome é joão e vivo ao teu lado
o meu nome é yuri do continente gelado
o meu nome é zero nesta democracia
deixa-me pertencer eu quero pertencer-te
Xutos & Pontapés e Oioai
"A "ENCONTRAR+SE" é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública, sem fins lucrativos, que surge da necessidade de desenvolver soluções para as dificuldades encontradas no desenvolvimento, implementação, avaliação e investigação de respostas adequadas às exigências próprias da reabilitação psicossocial das pessoas com doença mental grave."
" Porque quando as doenças mentais são discriminadas, promover a saúde mental é mais difícil.
1. Muita gente adia a procura de ajuda, e torna uma situação controlável numa doença mais grave
2. Muitos doentes não tomam a sua medicação, pondo em risco o seu tratamento
3. Pessoas com doença mental são discriminadas no emprego ou na escola, agravando o isolamento e a incapacidade
4. Aumentando o isolamento e a exclusão social, aumenta o desespero e o risco de suicídio
5. Havendo indiferença social, há menos tratamento, menos apoio comunitário, menos técnicos especializados, mais direitos humanos violados e falta de interesse politico.
JUNTA-TE AO MOVIMENTO UPA E USA A MÚSICA PARA PASSAR A MENSAGEM."
www.encontrarse.pt
janeiro 15, 2008
My Way
And now, the end is here
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case, of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and ev'ry highway
And more, much more than this, I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do and saw it through without exemption
I planned each charted course, each careful step along the byway
And more, much more than this, I did it my way
Yes, there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all, when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall and did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside, I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way,
"Oh, no, oh, no, not me, I did it my way"
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels and not the words of one who kneels
The record shows I took the blows and did it my way!
[instrumental]
Yes, it was my way
Frank Sinatra
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case, of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and ev'ry highway
And more, much more than this, I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do and saw it through without exemption
I planned each charted course, each careful step along the byway
And more, much more than this, I did it my way
Yes, there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all, when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall and did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside, I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way,
"Oh, no, oh, no, not me, I did it my way"
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels and not the words of one who kneels
The record shows I took the blows and did it my way!
[instrumental]
Yes, it was my way
Frank Sinatra
janeiro 11, 2008
Há amores assim
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
Donna Maria
Letra: Miguel Majer
Música: Miguel Majer e Ricardo Santos
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je t’aime j’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
Donna Maria
Letra: Miguel Majer
Música: Miguel Majer e Ricardo Santos
janeiro 07, 2008
Foram cardos, foram prosas...
Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim
Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados ao meu solo
Oi que ainda me queres
No amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim. . .
Autores: Miguel Esteves Cardoso/Ricardo Camacho
Voz: Manuela Moura Guedes
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim
Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados ao meu solo
Oi que ainda me queres
No amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim. . .
Autores: Miguel Esteves Cardoso/Ricardo Camacho
Voz: Manuela Moura Guedes
janeiro 06, 2008
Desencontros
Nessa noite cantou-se o poema sem tom e sem calor mas ficou-lhe essa palavra a saber-lhe a algo mais do que um simples entoar de sons e murmúrios.
Viu-se nele como ela se tinha visto e recordou com o mesmo entusiasmo de antes. Não desapareceu da memória que quer rasgar, dessa ferida a nú, que conserva no presente a latejar de preconceito e receio.
Confronta-lhe a mágoa que sente e fica resumida àquele brilho que deseja, para onde quer que vá e onde estiver, em qualquer momento, em todas as vidas que tiver que ter.
Desgasta-a a intensidade das frases que trocam, do olhar que gritam e de toda a dança escondida dormente e sem fulgor.
Vive por detrás de véus demasiado frágeis de se quebrar, à espera de um dia que não virá. Do dia em que acordará e olhará para ele, e se lembrará da tristeza que conforta esse amanhecer com o seu olhar terno e tranquilo, decidido e de pedra por perfurar. Beijará o seu corpo, abraçará a sua alma e abandonar-se-à ao seu espírito, guiando-se pelas curvas de um fio de cabelo débil que simboliza o que os une e o que os separa.
Reina a desordem no caos da derrota de mais um dia sem o beijar, confrontando-o mais uma vez com o brilho desse toque e do gosto do seu cheiro.
Algum dia o futuro se tornará o presente e o presente se tornará um passado?
Viu-se nele como ela se tinha visto e recordou com o mesmo entusiasmo de antes. Não desapareceu da memória que quer rasgar, dessa ferida a nú, que conserva no presente a latejar de preconceito e receio.
Confronta-lhe a mágoa que sente e fica resumida àquele brilho que deseja, para onde quer que vá e onde estiver, em qualquer momento, em todas as vidas que tiver que ter.
Desgasta-a a intensidade das frases que trocam, do olhar que gritam e de toda a dança escondida dormente e sem fulgor.
Vive por detrás de véus demasiado frágeis de se quebrar, à espera de um dia que não virá. Do dia em que acordará e olhará para ele, e se lembrará da tristeza que conforta esse amanhecer com o seu olhar terno e tranquilo, decidido e de pedra por perfurar. Beijará o seu corpo, abraçará a sua alma e abandonar-se-à ao seu espírito, guiando-se pelas curvas de um fio de cabelo débil que simboliza o que os une e o que os separa.
Reina a desordem no caos da derrota de mais um dia sem o beijar, confrontando-o mais uma vez com o brilho desse toque e do gosto do seu cheiro.
Algum dia o futuro se tornará o presente e o presente se tornará um passado?
janeiro 03, 2008
2008
Normalmente não sou daquele tipo de pessoa que faça e peça desejos para o próximo ano.
Mas este ano deixei a regra de parte e decidi propor o maior objectivo da minha vida: vou juntar dinheiro e quando tiver uma módica soma, partirei sem avisar ninguém até Moscovo.
Não sei se será este ano, se será para o próximo. Sei que antes de 2010 terei que já ter atravessado todo o Velho Continente no meu carro e com quem quiser vir comigo.
Será uma viagem à beira da loucura, sem horários e sem prazo.
Agrada-me o sonho e só espero que consigo concretizar este objectivo, começando com o que é mais importante para o realizar: juntar dinheiro!
Se alguém quiser fazer parte deste sonho, faça o mesmo que eu e para o ano falamos a combinar o percurso!
Mas este ano deixei a regra de parte e decidi propor o maior objectivo da minha vida: vou juntar dinheiro e quando tiver uma módica soma, partirei sem avisar ninguém até Moscovo.
Não sei se será este ano, se será para o próximo. Sei que antes de 2010 terei que já ter atravessado todo o Velho Continente no meu carro e com quem quiser vir comigo.
Será uma viagem à beira da loucura, sem horários e sem prazo.
Agrada-me o sonho e só espero que consigo concretizar este objectivo, começando com o que é mais importante para o realizar: juntar dinheiro!
Se alguém quiser fazer parte deste sonho, faça o mesmo que eu e para o ano falamos a combinar o percurso!
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